O primeiro disco da cantora e compositora Gabi Milino acaba de completar um ano e a gente bateu um papo com ela sobre esse trabalho e os planos futuros. Gabi é paulista e em seu disco traz muito folk, jazz e chanson, além de participações especiais dos músicos Zeca Balero e Renato Godá.
Em meio a encontros e desencontros entre arte, arquitetura e música, suas primeiras composições foram ganhando forma, e agora ela vem realizando shows divulgando o seu trabalho e conquistando o público por onde passa. Confere aí!
FolkdaWorld: O teu disco mistura várias vertentes musicais, entre elas o folk. Qual a tua relação com o estilo?
Gabi Milino: Já ouvi muito Bob Dylan, Janis Jopling, Joan Baez… Hoje em dia ouço Bon Iver, Ben Howard, Rubel e John Mayer, acabo devolvendo nas composições de uma maneira.
FDW: Todas as composições do disco são suas. Quais as suas principais influências e inspirações?
GM: Musicalmente falando, durante o período de composição do disco, que por ser o primeiro durou bastante tempo, ouvi muito coisas como Jorge Drexler, Lhasa de Sela, Norah Jones, Céu e Madeleine Peyroux. Pra escrever coisas da vida num geral, situações, reflexões, rompimentos, angústias, sempre tive o costume de carregar caderninhos onde vou escrevendo pequenos poemas, desabafos e desenhos no dia-a-dia. Depois do lançamento do disco tive a oportunidade de fazer algumas musicas sobe encomenda o que foi o maior barato descobrir que era capaz de fazer isso a partir de um outro lugar. Descobri que é um desafio que me instiga e que gosto muito.
FDW: Como foi ter a participação de nomes como Zeca Baleiro e Renato Godá logo no disco estreia? De quem foi a ideia de chamá-los e como rolou o convite?
GM: Foi um presente. Conheci o Renato através do Sérgio Fouad, produtor do disco junto com Rodrigo Alexey, eles trabalham bastante juntos e eu já conhecia o som do Renato e achava o máximo aquele timbre lindo e o estilão dele, um dia ele apareceu no estúdio quando estávamos gravando “Fotograma”, o convidamos e ele topou na hora, gravou no mesmo dia. Já o Zeca foi através do Kuki Stolarski, que conheci no estúdio também e foi um encontro super legal, ficamos conversando um tempão sobre a Lhasa de Sela que ele também é super fã, e logo depois dessa conversa terminei de escrever a letra de “El Desierto”, então convidamos o Kuki pra co-produzir e tocar na faixa, ele mostrou algumas músicas do disco pro Zeca adorou. Ele escolheu e topou cantar “El Desierto” comigo, e foi lindo, sou fã do Zeca, cantei muito as musicas dele durante a faculdade.
FDW: “Another Song” foi a canção escolhida para ganhar o primeiro clipe com produção. Alguma relação especial com essa música?
GM: Percebo que algumas canções do disco tem um apelo maior com o público como “Fim de Estação”, “Cats and Coffe”, e “Another Song” é uma delas. Quando mostrei essas faixas pro Rafael Ghencev, diretor e produtor, ele adorou e logo me enviou a ideia do vídeoclipe com o roteiro todo ilustrado, eu me apaixonei.
FDW: O primeiro disco acabou de completar um ano. Vem projetos novos por aí? O que podemos esperar para os próximos meses?
GM: Este ano quero focar ainda na divulgação desse primeiro disco, tem sido maravilhoso poder levá-lo ao palco que é a coroação de todo processo que tenho vivido nestes últimos anos, mas confesso que tenho percebido em mim alguns movimentos rumo a um próximo trabalho, com ideias melódicas e composições que tem surgido no dia-a-dia.
Abaixo você confere o disco da Gabi e o primeiro clipe que ela divulgou, gravado em seu próprio celular.
