Conheçam o duo Quando Inhambú cantou no meu Quintal

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Quando Inhambú cantou no meu Quintal é um duo de música folk formado por Ricardo Santiago e Antony Ventura.

O projeto visa o resgate da música popular brasileira através da cultura folclórica com influências que os acompanham durante toda vida.

Os músicos têm uma linguagem poética marcada por um forte sentimento existencial com uma refinação melódica, que é resultado de muita pesquisa e trabalho. E o resultado disso é uma sonoridade que mistura cidade e campo, numa conjunção inteligente e elegante.

Origem do Nome

A origem do nome, que convenhamos, não é nada comum, surgiu por meio de pesquisas literárias e folclóricas que os dois músicos fizeram para que pudessem refletir as suas intenções artísticas.

Inhambú é uma ave Sul-americana com vasta expansão geográfica no Brasil. O homem do campo tem o Inhambú como norteador de hora principalmente ao anoitecer, horário mais propício ao seu canto.

Sendo assim, a contextualização da origem do nome se dá ao canto da ave, que quando cantou avisou a hora certa do nascimento do projeto musical. Essa análise da expressão “Quando Inhambú cantou no meu quintal” refere-se também ao sentido de uma perspectiva de iniciação a algo importante na vida de cada pessoa ou grupo, traduzindo-se assim como uma mensagem ampla de esperança.

O Disco

Os jovens músicos lançaram seu primeiro CD, homônimo, em dezembro de 2016. O trabalho, produzido por Alan Oliveira, conta com oito faixas autorais, que traduzem as influências vividas por cada um: do folk ao blues urbano, da balada romântica à cantiga de roda.

Para abrir as audições, “1992”, música que marca o ano de nascimento de Ricardo e traduz as expectativas que o músico tem em relação à vida e à carreira, como diz a letra da canção: “E nesses últimos dez anos eu não me enganei muito menos menti”.

A segunda canção é uma resposta aos desencontros e às lembranças que ficaram para trás, que ganhou o nome de “Quase Um Blues”.

Em “Cantiga do Viver”, Antony e Ricardo têm a participação especialíssima das Cantadeiras da Comunidade Sagrada Família, formada por Dona Jaci, Dona Francisca, Dona Aurelina e Dona Célia. A canção tem uma melodia que nos remete às cantorias de novenas que acontecem nos sertões e, ao mesmo tempo, aos cantos das Lavadeiras de Almenara-MG.

Um típico folk se ouve em “Caminheiro e o Vento” (faixa que está em nossa playlist Folk Brasil no Spotify). Os meninos beberam forte em diversas fontes e mostram que estão preparados para encarar a estrada.

Esse CD é um convite a um bom papo, à noite enluarada, a compartilhar de coração nossa frágil existência: “Esvaziei meu coração quando você chegou/Deixei tudo arrumado pra você se ajeitar/entrar, sentar e ficar/Teu olhar então me ocupou/foi preenchendo bem devagar/E sem pressa se pôs a ficar…”, diz a letra de “”Hospedeiro”.

Um momento romântico e recheado de poesia é o que a dupla apresenta na sexta faixa, “Canção de Amor (des) Oriente”. Já em “Pitiguiariando”, única faixa completamente instrumental, o duo apresenta uma bela melodia recheada de saudade, de sentimento e de vontade de viver.

Para fechar, um tema do próprio produtor do CD, Alan Oliveira, a faixa “Soltar Balões”.

Folk no meu Quintal

Desde agosto deste ano, o duo iniciou um outro projeto, o “Folk no meu Quintal”, no qual Ricardo e Antony estão visitando os “quintais” dos “amigos cantadores” para bater um papo e gravar releituras de canções que fazem parte da trajetória e vida artística dos envolvidos! Os vídeos ficam disponíveis tanto na seção de vídeos do Facebook, quanto no canal do YouTube do duo.