O folk se despede de Leonardo Cohen

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Leonard Cohen, o influente cantor e compositor, cujo trabalho durou cinco décadas, morreu aos 82 anos. A gravadora da Cohen, a Sony Music Canada, confirmou sua morte na página do cantor no Facebook.

“É com profunda tristeza que relatamos que legendário poeta, compositor e artista, Leonard Cohen faleceu”, dizia o comunicado. “Perdemos um dos mais venerados e prolíficos visionários da música, um memorial ocorrerá em Los Angeles em uma data posterior, e a família pede privacidade durante seu período de luto”. Causa e data exata de morte não foram publicadas.

Cohen era um pontinho de mistério entre um seleto grupo de cantores e compositores extremamente influentes que surgiram nos anos sessenta e início dos anos setenta. Somente Bob Dylan exerceu uma influência mais profunda em sua geração, e talvez só Paul Simon e sua colega Joni Mitchell o tenham igualado como um poeta. A voz de Cohen, os padrões de guitarra em nylon e suas canções evocativas tratavam de amor e ódio, sexo e espiritualidade, da guerra e da paz, êxtase e tristeza.

Entre os maiores sucessos de Cohen está “Hallelujah”, uma meditação sobre o amor, o sexo e a música, presente no álbum Various Positions (1984), e que se popularizou em 1994 com a interpretação de Jeff Buckley.

Em outubro de 2016, ele lançou “You Want It Darker”, produzido por seu filho Adam. Graves problemas nas costas tornaram difícil para Cohen sair de casa, então Adam colocou um microfone na mesa da sala de jantar e gravou-o em um laptop. O álbum foi recebido com elogios, embora um artigo de Nova York datado para seu lançamento revelou que ele estava com a saúde não muito boa. “Estou pronto para morrer”, teria dito, Espero que não seja muito desconfortável”.

As informações são do site da Rolling Stone, que inclusive fez um apanhado da história da cantor, narrando momentos importantes da vida e carreira de Cohen, vale muito a pena ler.