Review: álbuns do folk nacional lançados em agosto

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O Som Mais Belo – Will Costa (1º de agosto)

Will é um jovem talentoso. Este disco deixa bem nítida a sua capacidade de compor canções com as quais nos identificamos. O som é leve e nítido, simples e ousado. Chega a ser difícil definir esse trabalho de uma forma mais precisa que a que o próprio Will descreveu em seu Facebook “O Som mais belo fala do ciclo do amor, talvez o mais bonito e curioso dos ciclos, onde tudo se confunde e por vezes nada se resolve, onde tudo está errado mas se acerta na paz de um abraço, onde tudo é certeza mas que pode desconsertar todo um concerto, onde a gente torce pra que não seja ciclo, que tenha começo, meio e o que tiver de melhor… Não é sobre alguém, nem para ninguém. É sobre o amor, o mais belo dos sons“. Só me resta dizer: ouçam! É um discão! Ah… Minha favorita é “Distância”.

John John Blacksmith – John John Blacksmith (1º de agosto)

Folk brasileiro de altíssima qualidade. Neste trabalho, os meninos apostam no Folk-Rock com influências do Country Americano e do Blues. O vocal rouco do Edson Penha uma belezura à parte e os arranjos são muito bem colocados. É um disco delicioso de ouvir. Também não é para menos, o álbum foi masterizado em Los Angeles por Jeff Lipton – que já trabalhou com nomes – apenas – como Wilco e Bon Iver. Escutem que é uma lindeza isso aqui! “When the Magic Happens” soa como um hit e é minha favorita.

Inesperado – Pagan John (19 de agosto)Depois do destaque no programa Superstar da Rede Globo, a os rapazes da banda Pagan John lançaram este EP com 5 faixas autorais em português, um diferencial em relação ao seu primeiro disco “Back to Gray” (2014) que era todo em inglês. Aqui os meninos arrasam no folk-pop, além de mostrar algumas das faixas que eles já tinham apresentado ao vivo no programa, aparecem mais umas inéditas. “Inesperado”, que dá nome ao EP, poderia ser facilmente confundida com uma música do Tiago Iorc, já “Meu Cais” tem uma pegada mais Mumford and Sons com Of Monsters and Men. Pra mim é difícil escolher a melhor, de verdade

Enoque – Paulinho Leite (15 de agosto)

Taí mais uma bela revelação do folk cristão confessional. Paulinho faz um som tranquilo, que passeia pelos anseios e situações da vida. O som é doce, suave, reflexivo. Para quem curte um som no estilo d’Os Arrais é um prato cheio.