Review: álbuns do folk nacional lançados em junho

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Baita mês de lançamentos para encerrar esse primeiro semestre de 2016. Listo aqui os 9 discos que ouvi em Junho e, olha, tá uma maravilha para os ouvidos. Destaque para os belíssimos discos ‘Romperia’, da Monoclub, e ‘Guiamum’, do artista homônimo.

Romperia – Monoclub (03 de junho)

Monoclub é uma das bandas folk brasileiras que eu mais escuto e acompanho. De verdade. Eu acho bem bonito como esses caras conseguem juntar a sonoridade do folk americano com a música caipira, sem perder a raiz de nenhuma delas. Romperia é o primeiro disco dos meninos, que antes já haviam lançado singles e EP. E, como eu já esperava, é um discão! Aqui os meninos fazem o que sabem: música boa, com belas melodias e letras cheias de sensibilidade.

Gigante – Capela (03 de junho)

Todo mundo sabe que o trio Capela tem bastante influência folk. Mas, na verdade, eles sempre foram bons em misturar ritmos. Nesse novo disco, não é diferente. As letras continuam baseadas em belas poesias, brasilidades e particularidades do cotidiano. Aqui, dá pra identificar a pegada folk nas batidas e acordes da bela ‘Luz de Candeeiro’ que abre o disco, ‘Dimensão, Pt. 2’ e ‘Sorte ao Revés’ têm umas cordas beeem bonitas. ‘A Flor e o Navio’, que fecha o disco, é uma das mais bonitas para mim.

O Quarto – Diego Schaun (04 de junho)

Com sua bela voz e seus dedilhados precisos, o baiano Diego Schaun chega com um novo álbum cheio de protesto (‘Velhos Calangos’, faixa que abre o disco, é a prova disso) e romance (como no single ‘Vários Nós’, que já ganhou até clipe um tempinho atrás). Diego é um talento em melodias e suas letras são caprichadíssimas. São músicas que fazem a gente pensar e sentir.

Todas as Outras Maneiras de Dizer a Mesma Coisa – O Barco, a Ponte e o Sótão (12 de junho)

O quarteto de Americana-SP estreia com um EP muito divertido. São 5 faixas de melodias simples que falam de amor e do cotidiano. As canções são bem pra cima, sem medo de usar as cordas que super refletem o folk dos garotos. é formada por Maycon Oliveira (vocal), Willian Bortoleto (violão / vocal), Jhonatan Elquejaer (bateria) e Erick Dias (baixo). Uma das minhas faixas favoritas aqui é ‘Perto de Mim’, a faixa é cheia de ‘hey, hey”, super me lembrou The Lumineers.

Guiamum – Guaiamum (16 de junho)

Daniel Ribeiro, aka Guaiamum, é um músico excepcional. Dá pra perceber isso da primeira a última faixa deste que é o seu primeiro disco. Guaiamum foge da mesmice, faz música com o coração, mostra novidades e uma musicalidade que pouca gente faz (e percebe). A voz desse cara é uma beleza a parte. Os arranjos são super envolventes, nesse aspecto ‘Riot’ é uma das minhas faixas favoritas. São 10 faixas super amarradinhas que passam num piscar de olhos. Lindo!

Prisioneiro – Tiago Suguihara (16 de junho)

Com alguns toques de folk-pop e, pelo menos ao meu ver, com muitas influências de bandas gringas de música cristã contemporânea como Gungor e Bethel Music, Tiago Suguihara (Storge 2) chega com este EP, intitulado ‘Prisioneiro’. O trabalho reúne 5 faixas, para cada um delas, um convidado especial. É um disco bonito, gostoso de ouvir. É música cristã brasileira tomando novos formatos.

Casa de Maria (Ao Vivo) – Comunidade Católica Colo de Deus (18 de junho)

E por falar em música cristã brasileira tomando novos formatos, tem banda católica fazendo folk também. Em seu novo disco, a Comunidade Católica Colo de Deus incluiu a melodia folk em várias faixas. ‘Respirar Maria’, faixa que abre o disco, é uma delas. E, olha, dá mesmo vontade de bater o pé. ‘Colo de Mãe’ tem um acústico gostoso de ouvir. ‘Linda Menina’ tem um arranjo bem interessante. É um belo disco.

Dotô Tonho – Dotô Tonho (22 de junho)

Dotô Tonho é um trabalho autoral de música brasileira com influências do bluegrass, blues, folk e rodas e saraus do cerrado goiano.. Aliás, bem mais bluegrass que os que costumamos receber por aqui. O grupo é formado por Antonio Perrone (bandolim e voz), Marcos Lucke (baixo acústico), Edson Moreira (banjo) e Ricardo Vignini (viola 10 cordas). Neste, que é o terceiro disco do quarteto paulistano, as canções mesclam o cenário rural e urbano. A instrumental ‘Alto Paraíso’ é minha favorita.

Viratempo – Viratempo (27 de junho)

Depois de alguns singles liberados, finalmente saiu o primeiro trabalho autoral desses meninos super criativos da Viratempo. Para quem ainda não conhece, o grupo ficou conhecido no Facebook postando versões folk para alguns hits. A pegada folk-pop e a voz suave do vocal combinam muito bem. Este é um EP super agradável de ouvir. São 5 faixas que deixam o gosto de quero mais. ‘Novembro’, que fecha o disco, é minha favorita.