Review: álbuns do folk nacional lançados em maio

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Maio foi um mês de lançamentos criativos no folk nacional. Tem folk misturado com tudo quanto é estilo. Confere aí!

Envelhecer – Bedibê (09 de maio)

Como eles mesmos definem, a Bedibê mistura “MPB + folk e aquele tiquinho assim de samba, punk e carimbó“. O som é deveras curioso. As letras são demais, o ritmo é um mix de cultura incrível, lembra diversas regiões do Brasil ao mesmo tempo. Uma curiosidade é que o álbum conta com o vocal de todos os integrantes. Tudo isso misturado com uma diversidade de instrumentos, assobios e muito mais. ‘Cantar de Pássaro’ é uma das minhas favoritas.

Faça Tudo Valer a Pena: Ao Vivo no Theatro Guarany – Rub (17 de maio)

Rub é mais surfmusic que folk, mas eu já falei algumas vezes por aqui que esses dois ritmos tem tudo a ver, só que um é da roça e o outro da praia. Neste disco, Rub reúne mais de 1 hora de show em faixas ao vivo leves e gostosas de ouvir. Gaita e dedilhados certamente estão presentes neste som. Minhas favoritas são “Quem Dera”, “Para Sempre verão” e “De Boberia”.

Persona – Vitor Medina (17 de maio)

Vitor Medina mistura música latina com rock e folk nesse disco muuuito bem produzido. Inclusive, este é o álbum de estreia do músico carioca, e conta com 8 músicas autorais e a participação de Bubu Trompete (Los Hermanos). O timbre suave e o charmoso sotaque carioca de Vitor podem ser sentidos nas músicas que compõem o álbum. As composições refletem sentimentos conflituosos que são quase impossíveis de serem explicados. Minha favorita aqui é ‘Suposto Finito’, que é quase um mantra folk.

>> Faixa a faixa: Vitor Medina comenta seu disco “Persona”

Nimbo – Menucci (25 de maio)

Quem também está estreando é o Menucci, que se enquadra bem nessa nova leva da música brasileira que mistura pop, folk e MPB. A sonoridade vai ser bem comum para quem já curte Tiê, Clarice Falcão, Cícero, etc. Mas as letras me chamaram atenção, são poemas cantados e eu gostei disso. Elas dariam boas trilhas sonoras de filmes indies fofos. ‘Preticor (Vai Passar)’ é a minha favorita.