The Kings in Ely Street, projeto encabeçado pelo músico paranaense radicado em São Paulo, Edgar Artur (alter ego de Marcelo Deiss, que escolheu o nome por influência do pai e avô que dividem o mesmo nome), acaba de lançar seu primeiro disco. E já chega cheio de originalidade.

O trabalho homônimo é composto por 12 músicas, que por uma coincidência foram gravadas no Estúdio 12 Dólares, em São Paulo e contou com a produção de Mauro Motoki (sócio do 12 Dólares) e mixagem do já tarimbado produtor, Victor Rice.

Passeando pelo folk, rock, blues, reggae e indie, Edgar Artur, começou a composição de suas musicas após ganhar um ukelele e tornar o instrumento seu parceiro perfeito.

“Aprendi os acordes e algumas musicas pela internet e logo comecei a fazer minhas próprias canções. Apesar de tocar violão e guitarra desde os 14 anos, o ukulele abriu as portas para mim de uma maneira que eu fiquei muito surpreso! Consigo escrever e criar as melodias com rapidez sempre procurando a minha identidade”, conta Edgar.

A facilidade em compor virou primeiro um EP, que foi lançado em 2016 no Soundcloud. Este foi o segundo passo para a gravação do disco que foi lançado em março deste ano e está disponível nos principais canais de Streaming da web.

Influenciado por nomes como o grande bluesista norte-americano Son House; pelo cantor e compositor Randy Newman; além de Max Jury e Bon Iver; O álbum gira em torno do ukulele de Edgar em canções sobre amor, perda, desafios, conquistas, sempre cantadas em inglês.

“São sentimentos que todos passamos em algum momento, mas realmente não escolho sobre o que vou falar, deixo que as letras venham de forma natural quando sento para compor. Muitas vezes quem mostra o caminho são as próprias melodias, tento acompanhar para escrever algo que sinto através delas. Quero que as musicas proporcionem emoções nas pessoas da mesma forma que sinto quando as escrevo”, explica o músico.

O disco, que foi destaque no site Divide and Conquer, dos EUA, é um presente para os ouvidos. Deixo duas dicas especiais: “Let it shine”, que me chamou a atenção por me lembrar bastante o trabalho do americano Brett Dennen que super aprecio, “Wings”, que é uma delícia de rock e o bluesão de “Black Water”.

Bora ouvir?