Folk: do medieval ao tradicional e vice-versa

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Infelizmente ainda é muito difícil rastrear as origens de uma determinada canção folk tradicional. Por vezes é impossível saber desde quando determinada música está no mundo, e como ela pode ter versões distintas em diversos idiomas e países diferentes.

Essa canção, de origem perdida no tempo pode ser classificada como música tradicional, música medieval, world music ou música folk. Podemos encontrar versões dessa mesma canção tanto em festivais de folk-indie e folk revival como versões medievalizadas com alaúdes, tamboretes e flautas.

Essa conexão entre a música folk tradicional e a musica medieval pode ser caracterizado pelo uso de instrumentos ancestrais e étnicos, o uso de escalas modais, a inspiração num passado longínquo, pela aproximação com a música sacra medieval ou a música trovadoresca medieval, instrumentos musicais renascentistas, versões contemporâneas de early music e por ai vai.

Cria-se assim o termo Folk Medieval que, por ser um termo guarda chuva, e por abraçar dentro de si tanta coisa, acaba por não ter uma definição única do que seria esse medievalismo, podendo ele ser mais ortodoxo ou mais diluído.

Com isso em mente, inicio minha participação aqui no Folkdaworld para trazer pra vocês informações sobre a relação do medievalismo com as diversas faces que o prisma folk pode ter, vou explorar em texto (e exemplos musicais, e entrevistas) o que é o folk medieval, e o que de medieval tem no folk e o que de folk tem no medieval.

Nos próximos textos vou trazer exemplos de bandas folk da década de 60 e como elas utilizam elementos da early music ou musica medieval para enriquecer suas composições e recriar canções folk tradicionais.

Para iniciar essa jornada pelo medievalismo no folk, escute o podcast Folkalizando #024: Folk Medieval: histórias, conceitos e influências na cultura pop – com A Barda e Bardow Folk que já está disponível no Spotify!