5 perguntas para conhecer Spangled Shore

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O nome é gringo e as letras são em inglês, mas o material é brasileiro, lá de Caxias do Sul – RS. O som é um Folk Music com batidas alegres e pulsantes, sempre transmitindo alguma mensagem simplista, mas significativa. Estou falando do Spangled Shore, um one man band que faz um som daqueles! Bati um papo com o Gabriel Balbinot, que está por trás desse projeto. Confere aí!

FDW: Spangled Shore, de onde veio a inspiração para esse nome?

SS: Quando eu comecei a compor as músicas para o Coax the King, eu sabia que o som seria mais puxado ao estilo de banda, e como eu não era uma, não queria usar meu nome próprio como nome artístico… então fiquei boas semanas, juntando palavras até que alguma tivesse conexão com minhas composições… e quando juntei Spangled + Shore (Costa Brilhante) fez-me pensar em quando você está perdido no mar, você encontra um ponto seguro… uma costa que você vê de longe.

FDW: O teu som lembra muito o folk clássico feito pelo Dylan. Ele é a sua maior inspiração?

SS: Com certeza Dylan é uma inspiração, ele é pai do folk! hehe. Porém não acho que tenho uma grande inspiração em apenas um artista. Antes do Spangled Shore, participei de várias bandas de punk, então tenho várias influências como The Clash e outras… mas quem me inspirou a seguir um caminho folk foi o inglês, Billy Bragg e também The Pogues, Johnny Flynn e por aí vai…

FDW: Recentemente você lançou o disco “Coax The King”, em parceria com o JC Wallace, todo em inglês. O que é um fato bem comum com quem canta folk aqui no Brasil. Você acha que o estilo perde um pouco a identidade quando cantado em português ou acha mais fácil compor em inglês? Me fala um pouco sobre isso.

SS: Olha, não vou dizer que folk em português não é folk ou perde identidade, pois conheço muitos aqui no Brasil, que mandam um som folk foda em português. Mas eu sempre estive muito a vontade com o inglês e gosto de cantar em inglês, aprendi a falar desde cedo, leio muitos livros em inglês pra ajudar na escrita e minha raízes musicais sempre foram artistas que cantavam em inglês, seja no folk, ou rock, ou seja qualquer outro estilo. Eu não acho que seja uma regra, porém folk é um som característico anglo-saxão.

Spangled Shore2

Foto: Danni Rossi

FDW: Você é o típico one man band. Isso não deixa tudo mais difícil? Quantos instrumentos você chega a tocar numa apresentação?

SS: Sim, deixa, principalmente na hora de ir tocar, toda parafernália que tenho que levar é um bom exercício fisíco haha. No Coax the King, os arranjos são de banda, porém ao vivo, divulgo meu som nesse formato e aí eu tenho que acomodar os arranjos de forma que eles soem bem. Foi um trabalho extra, mas bacana de se fazer, e o negócio, é ensaiar e ensaiar até que fique bom. Agora não tenho mais dificuldades, só quando pego músicas novas. Ao vivo, eu toco percurssão com os pés (bumbo/mala e uma meia lua no outro), enquanto canto e toco banjo, mandolin ou violão dependendo da canção.

FDW: Geralmente encerro perguntando sobre o que não falta na playlist do entrevistado. De você, eu quero saber sobre os sons atuais do folk. O que você anda ouvindo?

SS: A lista é grande, e provavelmente vou esquecer algo haha… Tallest Man on Earth, Laura Marling, Johnny Flynn, Avett Brothers, Father John Misty, Mumford and Sons, Fleet Foxes, Hozier, Flogging Molly, Ewert & The Two Dragons, The Head & The Heart, James Vincent McMorrow, Langhornslim… mas nos últimos dias… não paro de ouvir, os novos álbuns do TMOE, Laura Marling e o não tão folk mas incrível novo Mumford & Sons.

Confira “Coax The King”:

Saiba mais no site oficial.