Aos 77 anos, Joan Baez continua sendo a rainha do folk

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Como bem frisado pelo The Guardian, há uma certa desconexão entre a capa deste 25º álbum de estúdio de Joan Baez, mostrando a rainha do folk radiante em plenos 77 anos, e suas 10 músicas sobre mortalidade e guerra.

Mas Baez sempre teve uma personalidade irônica. Ela sempre será a versão feminina do Bob Dylan e vice-versa!

“Whistle Down the Wind”, lançado em 02 de março, é o primeiro álbum de uma década de Baez. Gravado nos United Recording Studios de Los Angeles, sob a produção de Joe Henry, o trabalho é um reflexo e uma síntese da vida da artista como cantora, musicista e ativista.

Baez reuniu uma coleção de covers escritas por um elenco sensacional de compositores! Eles vão desde lendas como Tom Waits e Mary Chapin Carpenter, passando por indies como Anohni e Josh Ritter, chegando até compositores raiz menos conhecidos como Zoe Mulford, Tim Eriksen e Eliza Gilkyson.

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Claramente, a sua voz não é a mesma, afinal meio século de canções e ativismo custam muito. No entanto, seu novo disco faz jus a sua entrada no Rock and Roll Hall of Fame, em abril do ano passado. É como se os anos tivessem adicionado grãos e intimidade à sua voz magistral, especialmente nas faixas centradas na retrospecção e arrependimento.

Baez nos enche de ternura em canções como a faixa título e “Last Leaf”, originais de Tom Waits. Nos apresenta o perdão em “The Things That We Are Made Of”, de Mary Chapin Carpenter.

Adoça nossos ouvidos com uma versão primorosa para a fortíssima “The President Sang Amazing Grace”, de Zoe Mulford, e nos resgata ao folk tradicional em “I Wish the Wars Were All Over”, de Tim Eriksen.

A minha favorita é “Civil War”, de Joe Henry – produtor do álbum, que honra suas canções próprias, eternos hinos sinceros de lutas sociais!

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Play para conferir mais uma obra prima dessa musa!