KTG: folk-pop feito na Irlanda para ficar de ouvidos bem atentos

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Quantas cantoras irlandesa vocês acompanham? Pergunto isso a vocês porque foi a primeira coisa que se passou na minha cabeça quando comecei a ouvir o novo single da KTG, nome artístico da cantora e compositora Katie Gallagher.

Sério, facilmente, eu consigo me lembrar que amo tudo o que o Damien Rice faz, a voracidade do Glen Hansard, a doçura introspectiva do Ciaran Lavery, a ousadia do Hozier… Mas, com exceção da Lisa Hannigan, que é um forte nome no folk há anos, é difícil me lembrar de outra mulher nesse contexto.

Se vocês forem mais curiosos(as), podem vasculhar nossa seção de Folk Irlandês aqui no blog e, certamente, vão encontrar novos nomes como Maria Kelly e Sive. E, neste post, eu quero apresentar mais uma irlandesa para vocês.

Katie Gallagher, a KTG, como falei mais acima é uma nova aposta na música irlandesa. Misturando as raízes do folk de sua terra, com a contemporaneidade do indie-pop, presente na maioria dos(a) artistas de sua geração, ela consegue nos apresentar uma sonoridade curiosa.

Em seu primeiro single “Don’t Tell My Mother”, temos um vocal puxado para o country, um arranjo baseado em acordes e percussão do folk-pop, além de “hey ohs” que embalam uma letra esperançosa: é uma espécie de trilha sonora de uma garota que simplesmente ama e espera por algo melhor. Play para conferir!

Já em “Strawberries”, o segundo single, percebemos uma faixa lúdica e viciante que vai nos apresentar a versatilidade da sua voz, além de alguns elementos de pop e funk que vai fazer você ouvir, balançando o corpo. Confere aí a versão de estúdio e uma versão acústica, na pegada voz e violão!

Mas é em “Never Go Home”, novo lançamento da moça que eu quero que vocês prestem atenção. A canção é alegre e festiva, como um bom bluegrass geralmente é. A letra fala sobre ter a melhor noite de todos os tempos e passar o fim de semana inteiro se divertindo. Mas não temos banjo aqui e sim uma boa guitarra. Não temos um marmanjo barbudo evocando um coro de cervejeiros, mas uma mulher que não quer ser só uma trabalhadora em tempo integral, mas também quer ter seu tempo livre de diversão para fazer o que bem entender nos fins de semana: “você não estará vivo por mais tempo do que você estará morto”, diz sua letra. E é pura verdade, não é?

Em setembro, o mini-álbum da artista chega em todas as plataformas. Mais precisamente no dia 26. Intitulado “Searching For Magpies” a cantora conta que o trabalho é baseado num antigo conto sobre Magpies (o passarinhos mesmo). Cada faixa se relaciona com uma das linhas da rima. “Foi inspirado pelo meu fascínio por Magpies e a paranoia que eu tenho quando vejo apenas uma pega por si só”, explica.

Agora é esperar para conferir o álbum completo. O alerta para manter os ouvidos atentos tá dado!