17 novos singles para começar julho atualizando sua playlist folk
por Maísa Cachos
Julho chegou em uma segunda-feira. O que significa que precisamos de uma lista maior para a trilha sonora da nossa semana e, também, do mês que se inicia. Selecionamos 17 aqui. É só dar play e aproveitar a audição!
Avi Kaplan – “Aberdeen”
Continuando com uma sequência de lançamentos excitantes, o americano Avi Kaplan nos presenteou com a belíssima faixa “Aberdeen”. Uma narrativa, como sempre, muito bem acompanhada de uma melodia caprichada – aqui com um toque de faroeste e um foot stepping que faz referência a passadas de cavalo. O single ganhou um clipe simples mas fabuloso. Nas imagens, vemos Avi passeando por belíssimos campos abertos enquanto busca por algo.
Michael Nau – “Rides Through the Morning”
O americano Michael Nau está trabalhando numa nova série de lançamentos. Em março, ele lançou “No Quit” e agora, no finalzinho de junho, “Rides Through the Morning”. Os singles fazem parte de um projeto tão cru quanto tudo o que o Nau faz. Ele gravou 8 faixas em sua sala de estar em uma noite na primavera (americana) do ano passado e, em agosto, disponibilizará tudo em vinil. Até lá, seguiremos recebendo esses belos drops. “Rides Through the Morning” apresenta uma atmosfera que remete ao gospel e ao soul americano, antigo e moderno, delicioso de ouvir, principalmente, num bonito bolachão.
Ciaran Lavery – “Selene”
Não é de hoje que eu digo que o Ciaran Lavery é um dos meus cantores e compositores favoritos no momento. Para ser mais precisa, ele entrou nessa minha lista no dia em que eu o conheci no ano passado (veja mais neste post). Não custa muito para o artista se juntar ao time irlandeses com uma habilidade incomum de transformar frases em canções fenomenais. Em “Selene”, ele deixa de lado seu violão e mergulha num piano suave e profundo, que acompanha sua narrativa do belo retrato de um homem lidando com o crescimento e em sua própria pele. Antes, ele havia lançado o também incrível “Full Love”.
Lucy Dacus – “Forever Half Mast”
Seguindo sua sequência de lançamentos de músicas de feriados – no Dia dos Namorados foi uma versão de “La Vie En Rose” e, no Dia das Mães, “My Mother & I”, Lucy Dacus lançou “Forever Half Mast”. Desta vez a homenagem é ao Dia da Independência Americana. Ao longo da faixa, o som de uma guitarra de aço complementa o dedilhado suave de Lucy e empresta um som distintamente “americano” à música. Para a letra, Lucy buscou inspiração em suas experiências em turnê pela Europa, onde ela foi duramente confrontada com as complexidades de sua identidade americana e com o que significa ser um americano orgulhoso nesses tempos difíceis.
Woody Pitney – “Do You Feel The Same”
Woody Pitney é um nome emergente do folk australiano. Já falamos sobre ele neste vídeo em nosso canal do YouTube. No finalzinho do mês de junho, ele lançou seu novo single “Do You Feel The Same”. Uma faixa contagiante e solar, como a gente espera da sonoridade australiana. Para o trabalho, Pitney apostou na produção de Charlie Hugall (Ed Sheeran, Florence & The Machine) e John Castle (Vance Joy, Dean Lewis). Portanto, pode contar com um mix de tudo isso ao longo da canção.
Julien Baker – “The Red Door / Conversation Piece”
Depois do seu aclamado EP “Turn Out The Lights” (2017) e do fabuloso projeto boygenius (no qual figura ao lado de Lucy Dacus e Phoebe Bridgers), Julien Baker lançou em junho o combo de singles: “The Red Door / Conversation Piece”. Tida como uma das favoritas dos fãs durante shows ao vivo, “Red Door” é uma faixa exuberante e atmosférica impulsionada pelo complexo fingerpicking de Baker e uma pitada de guitarra. Já “Conversation Piece” é uma meditação sobre a solidão, apoiada por uma percussão e delicada guitarras. Já dá pra sentir um bom gostinho do que essa moça pode nos trazer aí pelos próximos meses.
Xoel López – “Me Cuesta Tanto Olvidarte”
Quem nos acompanha, sabe que passeamos pela discografia do músico espanhol Xoel López através de uma trilogia de textos escrita pelo nosso colaborador Marcus Cardoso. Agora o músico se aventura em um novo projeto junto com o El Combo Viramundo para juntos para experimentarem e curtirem versões de músicas que os marcaram. A primeira faixa a ser lançada é “Me cuesta pero olvidarte”, de Mecano, que aqui ganha uma pegada de bolero e bachata, trazendo calor e ritmo para a canção.
City and Colour – “Astronaut”
Quebrando um hiato de 4 anos sem lançamentos inéditos, City and Colour, o projeto de folk rock do músico canadense Dallas Green está de volta. “Astronaut” foi o primeiro lançamento é uma faixa confirmada para o 6º álbum de estúdio do artista que tem previsão de lançamento para ainda este ano. Apesar de compartilhar este single com vocês, vale dizer que um segundo, intitulado “Strangers”, também já está disponível.
Anaíse – “Não Sei Explicar”
A portuguesa Anaíse estreia com seu single “Não Sei Explicar”. Uma faixa doce, romântica, poética, cheia de melancolia e com um ar bucólico. Esta é uma daquelas canções leves que ouvimos para viajarmos em lembranças quando pensamos em alguém pelo qual estamos apaixonados(as). Para deixar tudo ainda mais bonito, temos aí um belo sotaque português.
Johnny Drille – “Papa”
O cantor e compositor nigeriano Johnny Drille, lançou o single “Papa”, em homenagem ao Dia dos Pais, que em alguns países é comemorado no mês de Junho. Produzida pelo próprio músico, a canção traz uma mensagem inspiradora. Sua letra fala sobre como o pai de Johnny constantemente o lembra sobre o poder da oração e como ele deve sempre colocá-lo em prática quando ele está em um estado real de confusão e dificuldade que parece esmagadora. Drille aqui usa o conselho de seu pai para encorajar as pessoas que têm medo de estar nas piores situações. A faixa chegou acompanhada de um clipe narrativo lindão!
Devendra Banhart – “Kantori Ongaku”
Devendra Banhart finalmente anunciou um substituto para “Ape in Pink Marble” (2016). Intitulado “Ma”, o décimo disco de Banhart tem lançamento marcado para o dia 13 de Setembro. O single de apresentação é “Kantori Ongaku” que, traduzido do japonês, significa “música country”. A faixa chegou acompanhada de um clipe surrealista que presta homenagem ao músico nipônico Haruomi Hosono. Em meio ao vídeo, um pedido de doações para a I Love Venezuela Foundation. Para quem não sabe, Devendra é filho de uma venezuelana e, apesar de ser americano, cresceu no país que agora atravessa uma gravíssima crise política, econômica e social.
Gabriel Kelley – “Spell on Me”
O americano Gabriel Kelley é um daqueles músicos fenomenais que você conhece do nada. Já falamos sobre ele neste post com uma lista de artistas que conhecemos no Instagram. Em junho, ele lançou seu mais novo single “Spell on Me”. A faixa tem aquela pegada folk rock abluesada que começa com gaita e vai se preechendo com as sonoridades que um bom nashvilliano sabe que esse tipo de canção precisa.
Time for T – “Eyes”
Os Time for T estão preparando seu segundo álbum em estúdio e a primeira amostra do que vem por aí é o single “Eyes”, lançado no final de maio. A faixa, aborda o tema da vida noturna, e representa, como sempre, o multiculturalismo do grupo que nasceu em Brighton, mas também é português. Aqui, podemos ouvir um pouco de tropicália, uns dedilhados folk, um tantinho de soul e tantas quantas influências forem possíveis para fazer uma música tão livre e rica como a que esses caras fazem. Não bastasse, a canção chegou muito bem acompanhada desse bonito clipe!
I See Rivers – “Helios”
Com dois EPs na bagagem -“Standing Barefoot” (2017) e “Play It Cool” (2018) -, o trio norueguês I See Rivers agora se prepara para nos apresentar mais um trabalho. O aperitivo dele, lançado no finalzinho de maio, chama-se “Helios”. Inspirada no deus grego do sol, a faixa carrega em si um som leve, puro e refrescante, repleto de harmonias requintadas. Um delicioso carinho nos ouvidos!
Wildwood Kin – “Never Alone”
Também no finalzinho de maio, outro trio de mulheres lançou um single matador. Desta vez, as inglesas do Wildwood Kin. A faixa anuncia o segundo disco da carreira das cantoras e traz uma mensagem de esperança em meio a um contexto pessoal e difícil. A canção, profundamente pessoal, carrega em si uma mensagem para quem se sente tão isolado quanto o irmão de uma das integrantes, que infelizmente cometeu suicídio. A canção ganhou um vídeo com imagens da gravação em estúdio.
Marinho – “Window Pain”
Já falamos sobre o primeiro single da Marinho (neste post!) e seguimos acompanhando a trajetória desse novo nome do indie folk português. Desta vez, com o single “Window Pain”. Uma faixa leve e simples, mas ao mesmo tempo pessoal e super íntima. Composta quando a artista trazia a memória lembranças de sua infância, sua letra nos coloca numa situação na qual voltamos ao passado e lembramos dos tombos que levamos, mas hoje mal lembramos das dores. O que fica é a sensação de liberdade e alegria que tínhamos ao correr, brincar, cair, mas logo levantar e começar tudo de novo.