5 motivos para ver A Vida Em Si (Life Itself)

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A Vida Em Si (Life Itself) é um filme escrito e dirigido por Dan Fogelman, criador da super comentada série This Is Us. O filme é um tipo de saga multigeracional, que vai te fazer rir, chorar e (talvez) reconhecer a sua própria vida em algumas cenas.

Confesso que eu não teria prestado muita atenção no filme, se um dos meus cantores favoritos, Roo Panes, não tivesse compartilhado o trailer, que é embalado por sua canção “Little Giant”. Mas ao descobrir que Oscar Isaac seria um dos protagonista e a direção tinha o dedo do Fogelman, só me restou ansiar pela estreia nas telonas.

Agora que assisti ao filme, compartilho aqui com vocês alguns dos motivos pelos quais vocês também deveriam ver. Tentarei ao máximo não dar spoilers!

 

1. A vida não é um trailer

 

Não se engane, A Vida Em Si não é um filme tão fofo como parece em seu trailer. Ele é muito mais complexo que isso. Afinal, o longa fala sobre a vida. E a vida é extremamente cheia de altos e baixos, acertos e erros, momentos felizes e trágicos.

Como disse antes, o filme é uma espécie de saga multigeracional. Separado em capítulos, a história de cada geração é narrada, nos fazendo compreender a influência das atitudes de um sobre a vida do outro. Conectando as influências e, por vezes, confundindo o espectador.

 

2. A teoria da vida em si

 

Não vou falar com detalhes sobre isso aqui porque poderia gerar muitos spoilers, mas vale a pena você atentar para este ponto!

A narrativa do filme tem como impulso um dispositivo literário do “narrador não confiável”, que se aplica à própria vida. Afinal, a vida não é confiável, ela sempre está a nos surpreender. Seja para o bem ou para o mal. Isso se aplica não só a trama em si, envolvendo os personagens, mas também a nós espectadores. Até porque o roteiro é cheio de previsibilidades imprevisíveis.

Parece meio complexo. E é. Inclusive, é uma parte bem filosófica do filme. Mas que vai nos faz lembrar que, no final das contas, fazemos parte de uma história bem maior que a nossa própria.

 

3. Referência a Bob Dylan

 

O filme é cheio de referências da cultura pop, inclusive com copiosas declarações de Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, como vocês podem no gif acima.

Mas é “Time Out of Mind”, de Bob Dylan, que segura a maior parte do discurso. A propósito, a primeira fala do filme faz referência ao álbum. O disco também recebe uma explicação ao longo da trama. Portanto, prepare-se para um enredo completamente interligado a esse trabalho lançado, em 1997, por Dylan. Principalmente, a canção feliz no álbum: “Make You Feel My Love”.

Porém, A Vida em Si é muito mais tragédia que felicidade, o que faz com que todas as tristes faixas do álbum sejam perfeitas para combinar as histórias comoventes dos personagens.

“Time Out of Mind de Dylan” é o exemplo perfeito de narração não confiável que cito no tópico anterior. O cantor e compositor narra perda após perda em todas as suas faixas melancólicas, proporcionando um lado positivo com “Make You Feel My Love”. No entanto, os ouvintes nunca sabem se o que ele está falando é verdade ou se é apenas o seu lado de um maior história.

Este artigo aqui vai te dar mais detalhes sobre isso. Vale demais a leitura! Mas recomendo ler só depois de assistir ao filme.

 

4. Oscar Isaac

 

As atuações nesse filme são espetaculares! Tanto que muitos críticos estão descendo a lenha no roteiro e direção, porém elogiando o sensacional elenco. Para citar alguns nomes, temos Antonio Banderas, Samuel L. Jackson, Annette Bening, Olivia Cooke, Laia Costa e Alex Monner. Mas não há como negar que a atuação de Oscar Isaac merece destaque entre todas elas.

E, claro, se você se emocionou com esse cara em Inside Llewyn Davis, vai perceber que ele consegue ir ainda mais fundo quando precisa interpretar alguém demasiadamente triste.

 

5. Perspectiva

 

Tudo na vida depende do ponto de vista. E, seja através da narrativa ou da direção, esse filme vai fazer você tentar enxergar tudo por diferentes ângulos. Além de que vai fazer você se colocar no lugar de cada um dos personagens, sentir suas alegrias e dores. Torcer por alguns, ter raiva de outros, e por aí vai.

Por vezes, você vai passear pelas cenas junto com os personagens. Em outros momentos, você vai entrar na mente e coração deles. Apenas se abra para as diferentes perspectivas e você vai se descobrir amando esse filme.

 


 

No mais, deixo este link aqui para vocês com a trilha sonora do filme.

Caso ainda não tenha visto o trailer, é só dar o play aqui embaixo: