7 canções icônicas de Pete Seeger que definiram o folk americano
por Maísa Cachos
Em 27 de janeiro de 2014, nós perdíamos Pete Seeger, um dos músicos mais importantes da história da música americana, em especial para a música folk.
Durante a maior parte do turbulento século 20, sua música soou como a rara luz da esperança americana, uma das poucas com uma insistência (muitas vezes problemática) em preservar o sonho do país onde ele nasceu. Seeger passou a vida trabalhando para trazer o povo americano de volta à sua música e realizar os sonhos em suas músicas.
Em seu show comemorativo de 90 anos, ele proclamou ao seu público de 15 mil pessoas: “Não existe uma nota errada enquanto você a estiver cantando“. Isto vindo do homem que podia cantar músicas como “No Irish Need Apply” sem soar anacrônico, sem dúvida era verdade.
A influência Pete Seeger na música folk americana (que, claro, ressoou mundo afora influenciando mais meio mundo de artistas) é esmagadora. E, em memória e honra ao seu trabalho, aqui listamos sete músicas que ele ensinou o mundo inteiro a cantar.
“If I Had a Hammer”
Composta, em 1949, com o seu amigo Lee Hays, “If I Had a Hammer” tinha o objetivo de reforçar o movimento progressista. Ela foi regravada por diversos artistas como o trio Peter, Paul and Mary. E tornou-se, na década de 60, um símbolo na luta do movimento pelos direitos civis dos afro-americanos.
“Turn! Turn! Turn!”
Pete Seeger compôs essa canção em 1959, com uma letra quase que toda retirada do Livro de Eclesiastes da Bíblia. Ela ganhou versões de nomes como The Limeliters e Judy Collins, mas foi a versão da banda de folk rock The Byrds que a levou para a primeira posição na Billboard Hot 100 e para a trilha sonora de Forrest Gump (1994).
“We Shall Overcome”
Ninguém sabe ao certo quem escreveu a versão original de “We Shall Overcome”, mas ela é comumente atribuída como sendo liricamente descendente de “I’ll Overcome Some Day”, um hino de Charles Albert Tindley, lançado em 1900. A adaptação de Pete Seeger, feita em 1947, é a mais famosa e tornou-se a música chave do movimento dos Direitos Civis.
“Big Rock Candy Mountain”
Gravada pela primeira vez por Harry McClintock em 1928, essa é uma música folk sobre uma ideia de paraíso, uma versão moderna do conceito medieval de Cocanha. Embora tornada famosa por Burl Ives, a versão de Pete Seeger para a canção é considerada a definitiva.
“Where Have All the Flowers Gone”
Pete Seeger escreveu os primeiros versos dessa canção, em 1955, enquanto viajava para um show. Em maio de 1960, alguns versos foram incluídos por Joe Hickerson, a transformando numa música circular. Sua retórica e a meditação sobre a morte a incluem na tradição ubi sunt, presente em poemas medievais. Em 2010, o New Statesman a listou como uma das “20 Principais Canções Políticas”.
“Little Boxes”
Essa é uma das músicas mais famosas na voz de Seeger, e é uma crítica ao estilo de vida americano, no que diz respeito ao desenvolvimento dos subúrbios. Sua letra ironiza as habitações feitas em série (tract housing) com “little boxes” (caixinhas) e por parecerem todas iguais. Na verdade, ela é uma composição de Malvina Reynolds, mas Seeger a tornou realmente relevante em 1964.
“Wimoweh”
Também chamada de “Mbube”, essa é uma canção do cantor e compositor sul-africano Solomon Linda que a gravou originalmente em 1939. Adaptada por Seeger para sua banda The Weavers, “Wimoweh” se tornou uma canção icônica reconhecida por nossa geração como “The Lion Sleeps Tonight”, aquela mesma do Rei Leão.
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Vale dizer que essa lista não é original nossa. Ela foi traduzida e adaptada para ser postada aqui. O conteúdo original você encontra no Mic.