Folk You 2020: atualizando a playlist com os singles folk que amamos em julho

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Confesso para vocês que quanto mais eu procuro e recebo singles para compor estas nossas listas, mais encantada fico com as produções que tem sido lançadas neste ano. Julho parece mesmo ter sido um mês especial. Seja através de lançamentos nacionais ou internacionais, muita coisa ainda arranja um jeito de ser dita através da música e aqui está uma pequena seleção do que nos foi musicalmente dito em julho deste ano.

Não esqueça de seguir as nossas playlists Folk Brasil e Folk You 2020 para acompanhar nossas atualizações!

Nacionais

“Tema da Penha” – Eric Taylor Escudero (feat. Ana Luísa Ramos)

Fazia um tempo que não falávamos por aqui sobre o Eric Taylor Escudero. A última vez foi quando ele comemorou os dois anos de seu álbum “We Were Young and It Was Morning” apresentando releituras de suas faixas. Mas agora ele chega com um trabalho novo e bem bonito. Antes de nos apresentar seu novo disco, “Mirrors”, ele nos presenteou com saudoso single “Tema da Penha”. Na faixa, Escudero volta às suas origens, homenageando o bairro de São Paulo onde cresceu, numa gostosa mistura de folk, samba e brasilidade. O single ganhou um lyric video e você pode conferí-lo logo abaixo.

“Mulungu” – Miguel Rosa

Depois de apresentar uma série de trabalhos em inglês, Miguel Rosa nos entrega “Mulungu”. Uma delícia de single que, ao mesmo tempo que mantém a atmosfera aconchegante de suas canções já conhecidas por nós, também nos apresenta uma nova faceta do músico ao cantar em português. A surpresa de ouví-lo assim é tão boa que me faz me perguntar por que ele ainda não tinha lançado algo na língua mãe. É uma canção daquelas que abraça a gente com sua melodia, enquanto aperta e aquece com sua letra.

“Gabriel” – May Terra

Continuando os trabalhos de lançamento do seu primeiro álbum, May Terra liberou o single “Gabriel”. Uma faixa envolente, positiva e que nos dá um bocado de sopro de esperança ao nos mostrar um lado positivo das coisas. “Ultimamente eu só quero agradecer” é a frase que abre o single, e essa atmosfera se mantém ao longo da faixa. Bons acordes, gaitinha jeitosa e uma voz carinhosa pra afagar os ouvidos.

“Doravante Hotel” – Elder Effe

Meio folk, meio rock, um sentimentozinho nostálgico meio country por vezes… Sinceramente, não sei como definir “Doravante Hotel”, o novo single de Elder Effe. Mas posso dizer que é uma música incrível sobre saudade, perfeita para esse nosso momento. Desde que um vírus nos tirou o direito de ir e vir e trancou a todos nós dentro de casa, começamos a ter saudade de tudo, de todos. Os nossos corações viraram hoteis com quartinhos cheios de hospedes dos quais temos saudade. A analogia é perfeita. Assim como a canção que, apesar de gravada toda em casa, apresenta uma qualidade superior. Só elogios para esse cantor, compositor e produtor tão criativo que é o Effe.

“Sit Down, Let’s Talk” – Gustavo Bertoni

Antes de liberar seu terceiro disco solo “The Fine Line Between Loneliness and Solitude”, Gustavo Bertoni lançou o single “Sit Down, Let’s Talk”. Uma faixa que soa como mantra, um pedido de calma. “Senta, vamos conversar” repete o artistas por vezes e vezes. A sonoridade folk característica dos seus trabalhos solo está bem presente aí, os dedilhados são profundos, bem compassados, acompanham a urgência da calmaria. Mas elementos conteporâneos vão se juntando a melodia a medida que ela avança e harmonias vocais entram na hora certa para dar destaque a certas falas. Uma canção excepcional, como já era de se esperar desse garoto. Antes, ele havia liberado “Waves”, faixa que antecede “Sit Down, Let’s Talk” também na ordem de reprodução do disco completo.

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“Grandes Mares” – Porto Laguna

Porto Laguna é um novo nome aqui pelo blog, e não só. O projeto é mesmo novo. A propósito, ele é formado por Luciano Garcia, guitarrista do CPM22, e pela Kamille Huebner. Prontos para lançar seu primeiro EP, intitulado “Olympéa”, o duo divulgou este primeiro single como aperitivo. Gaita e violão são o centro da melodia, com muita influência folk e blues.

“Fica Mais Aqui” – Jéf (ft. Mar Aberto)

Migrando cada vez mais para o pop, Jéf soltou o segundo single do seu vindouro trabalho. Mas a pegada folk permanece, por vezes na sonoridade do violão noutras nos compassos da canção. Se no seu single anterior, tivemos “Sorte” de encontrar alguém especial, neste segundo queremos que essa pessoa fique mais por perto. Para deixar a canção ainda mais convidativa, Jéf conta aqui com a participação do duo Mar Aberto. Mais uma música linda desse cara que tem um talento incrível para prender a gente através de suas canções.

“Nós Dois” – De Maria

De Maria também lançou um single sensacional em julho. “Nós Dois” é uma canção de amor, uma declaração rasgada que tem uma feliz interpretação na voz desse jovem cantor e compositor. O arranjo tem um charme a parte, cordas incríveis que vão ganhando intensidade a medida que a música vai invadindo nossos ouvidos e nos contagiando. É uma canção tanto para apaixonados e quanto para se apaixonar.

“Solte” – Lili Band

Lili Band não brinca em seu novo single. Nele, dá pra notar uma intensidade maior na mensagem que a artista quer passar, tanto em voz quanto em melodia. E ela o faz muito bem. Mostrando sua evolução ao longo da carreira que já conta com um EP e um álbum cheio, Lili canta aqui um pouco sobre o seu processo de autoconhecimento. Apesar da letra carregar um tema mais pesado, a música apresenta uma energia animada, mesclando influências do folk e do rock, convidando os ouvintes para se soltarem, desprenderem as amarras e encararem o que está por vir. A faixa ganhou um clipe que se passa na cidade natal de Lili, e se conecta profundamente com a letra. As imagens foram gravadas por Fred Rezende (que também é guitarrista e parceiro de composição de Lili) e pela fotógrafa Nubia Moor. 

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“Ghost Rider” – 400 facas

Mais um nome novo por aqui, o projeto 400 facas estreia com o single “Ghost Rider” que ao lado da faixa “Fields of Gold” formam o “The Western Chronicles, Vol. I: Here Comes the Ghost”. O som aqui é um tantinho mais pesado, uma mistura de folk com bastante rock. Algo que pode agradar fãs de caras como o Frank Turner, por exemplo. A qualidade do som é bem boa e o vocal é um ponto extra.

“33” – Luca Libre

E por falar em Frank Turner, ele influencia um bocado o novo trabalho do Luca Libre. Intitulado “33”, a faixa tem um teor político que retrata bem o que temos vivendo ultimamente, principalmente no Brasil. Segundo Luca, a faixa “foi escrita em 2018 logo após o incêndio no Museu Nacional (referenciado no refrão), e compara o período de instabilidade, crises sociais e políticas no ano eleitoral, a um cenário observado na década de 1930, em que essas crises serviram como pano de fundo para ascensão de regimes autoritários que surgiram com líderes populistas e discursos semelhantes aos vistos na atualidade”. É o bom e velho folk de protesto, misturado com indie e pincelado de punk rock. Uma faixa que merece atenção.

“Far From Everyone” – Midnight Mooca

Aos poucos, Midnight Mocca vem revelando as canções de seu terceiro EP, “Higher Ground”. Desta vez, eles divulgaram “Far From Everyone”, a penúltima antes do lançamento do trabalho completo. A faixa mescla elementos de diversas referências, não se prendendo apenas ao folk orgânico apresentado no início da canção, mas flertando também com o rock clássico. Uma guitarra bem pulsante e o piano wurlitzer dão um brilho especial à canção. Fãs de Mac Demarco e Fleet Foxes, certamente vão identificar aqui algumas sonoridades. Já em sua letra, a faixa fala sobre a solitude: estar só e não pensar nessa situação com angústia, mas sim imaginando outros futuros possíveis. Sozinho em seu quarto por causa da chuva, o eu-lírico faz reflexões sobre seu isolamento e, ao mesmo tempo em que lamenta a solidão, busca se nutrir com a possibilidade de novos cenários para sua vida, vislumbrando a inspiração da força transformadora do tempo.

“Se Perder” – OutroEu (feat. Ana Gabriela)

O duo OutroEu uniu suas vozes a de Ana Gabriela para o lançamento do single “Se Perder”. A faixa que também conta com a assinatura da Ana em sua composição, anuncia um vindouro álbum da dupla, intitulado “O Outro é Você”, e chegou acompanhada de um clipe dirigido por Ygor de Oliveira. As imagens super bonitas mostram os três artistas numa reserva ambiental, cercados de natureza e longe da correria do dia a dia. O que casa super bem com a harmonia de vozes mansa dos três e toda a calmaria que a canção promove.

“Re-pousar” – Canto Perene

Fechando os lançamentos nacionais que andamos ouvindo em julho, apresentamos mais um novo nome para essa lista. O duo Canto Perene, formado por Laira Góes e Vinicius Souza, lançaram o single “Re-Pousar”. Através de dedilhados leves e letra poética a dupla consegue provocar boas sensações de acalento, trazendo um bocado de aconchego aos ouvidos mais atentos e sensíveis. Boa descorbeta do lado de cá.

Internacionais

“Fuel On The Fire” – Bear’s Den (feat. Paul Frith)

Os Bear’s Den compartilharam uma nova versão para a sua faixa “Fuel On The Fire”, lançada originalmente em “So that you might hear me”, álbum que lançaram no ano passado. Junto a faixa, eles também liberaram detalhes de seu novo projeto de estúdio, “Fragments”, que será lançado em 18 de setembro. O projeto contará com a parceria do compositor e arranjador Paul Frith, a mente por trás dos arranjos para gigantes da música, como The xx e Radiohead.

“Chew On My Heart” – James Bay

Mesclando um bocado do que ouvimos em seu “Electric Light” (2018)   com as raízes de sua música, James Bay liberou o primeiro single do seu vindouro álbum. Intitulada de “Chew On My Heart”,  a canção é, segundo o próprio Bay, “sobre estar profundamente e loucamente apaixonado. Depois destes últimos meses que foram difíceis no mundo inteiro, é muito entusiasmante lançar música para nos conseguirmos erguer e saltar”. A faixa também ganhou uma baita versão acústica que você pode ouvir aqui.

“That’s All” – Noah Guthrie

Com uma capacidade gigante de fazer a gente suar pelos olhos com suas letras, Noah Guthrie lançou seu novo single “That’s All”. Sobre ela, Noah diz: “acho que todos, em algum momento de suas vidas, questionaram o que poderia ter sido. E se esse relacionamento tivesse funcionado? E se eu não tivesse me mudado? E se eu pudesse voltar no tempo e retirar as palavras horríveis que disse, mas não quis dizer? É humano se sentir assim. ‘That’s All’ é uma música que lida com esse sentimento”. A faixa ganhou ainda um lyric video, super simples mas que completa profundamente a canção. Difícil não se conectar a esta letra ao assisti-lo.  

“Stay” – Hugo Barriol

Depois de lançar “Yellow”, seu primeiro álbum completo, no ano passado, o francês Hugo Barriol apresenta o primeiro single do que pode vir a ser seu vindouro trabalho. “Stay” é uma canção sensível, delicada e profunda. Algo que este artista sempre faz muito bem.

“Black Eyed Dog” – Ben Harper e Rhiannon Giddens

Esse lançamento foi algo que amamos tanto que ele acabou por ganhar um post completo só para ele. Você pode lê-lo aqui. Também pudera, né? Dois monstros da música como Ben Harper e Rihannon Giddens juntos e cantando uma canção original do Nick Drake… não poderia ser diferente.

“Gold” – Jenny Banai

Jenny Banai é um nome novo por aqui, mas garanto que vocês vão gostar de conhecer. Ela estreia aqui no blog com o seu single “Gold”. Uma canção que, segundo ela, “nasceu de uma mudança de direção que eu precisava em meu próprio coração; um lembrete de que minha respiração é pela paz e verdade.(…) Um dia, dirigindo pela cidade, tive essa imagem surgindo em minha cabeça de ruas douradas acima da nossa, uma existência que não é vista, mas de alguma forma cobre nossa realidade. Imaginei uma realidade existindo ao mesmo tempo que a nossa, de onde vêm a paz e a verdade, onde mãos antigas e eternas trabalham, amolecem, movem, moldam. No final da música, compartilho a metáfora de um vaso de barro se espatifando. Pouco depois de escrever ‘Gold’, descobri kintsugi, a arte japonesa em que a cerâmica é quebrada em pedaços e depois remendada com ouro. Que sincronicidade é essa? Eu quero que essa música lembre a todos nós que estamos quebrados para ser formados. Há esperança, embora talvez isso seja totalmente invisível no momento. Mas rezo para que, de alguma forma, as peças que incorporamos reflitam a totalidade que esperamos”. Delicada, mas intensa. Profunda e um bocadinho devastadora. É uma canção para ouvir muitas vezes até digerirmos tudo o que ela nos quer dizer. 

“The Muscle (Song for Kate)” – Vanessa Van Ness

Indie folk com pitadas de Lo-fi, “The Muscle (Song for Kate)” é o novo single de Vanessa Van Ness. Minimalista, a faixa conta com o som de uma guitarra reverby que nos embala quase que ao compasso do balançando de um pêndulo. Os vocais são profundos, se ouvimos com fone parece que estamos ouvindo Vanessa nos susurrar sua mensagem. Segundo a cantora, a faixa é “uma canção indie de amor LGBTQ com uma vibe de ‘admirador do teto’. A música descreve um amor eterno em todos os continentes. Espero que forneça uma nota de cura em tempos turbulentos”.

“Thin Blue Line” – Peter Oren

Peter Oren tem sido um dos artistas a usar suas armas musicais para cantar reflexões sobre coisas que tem nos assolado de certa forma nos últimos tempos. Depois do lançamento de seu “The Greener Pasture”, em abril deste ano. Agora em Julho, ele disponibilizou “Thin Blue Line”. Uma faixa que nasceu entre os protestos contra o racismo e a ações injustas dos policiais sobre a população. Sobre a faixa, Peter diz que “a música começou a ganhar forma liricamente no início de maio, depois que Dreasjon Reed foi morto pela polícia em Indianápolis. Em um protesto nos dias seguintes, me peguei interrogando uma fila de policiais brancos que, em sua maioria, permaneceram em silêncio. Um dos envolvidos descreveu o simbolismo da fina linha azul (Thin Blue Line) como representação da polícia de pé contra a escuridão, mantendo-a sob controle”. E completa: “Discordo de uma cultura de aplicação da lei que simplifica demais a criminalidade e a trata como um mal eterno sem rima ou razão. O simbolismo incentiva um vínculo entre os oficiais que resiste à responsabilização, minimiza a misericórdia e permite a brutalidade, coisas que têm estado muito claramente expostas em todo o país em protestos desde o assassinato de George Floyd”. A princípio a canção foi disponibilizada apenas em seu bandcamp, visando doar o que foi arrecadado com os plays para o Focus Initiatives, um grupo em Indianápolis (onde Peter reside) que trabalha para apoiar as pessoas que estão deixando o encarceramento.

“Sangre de Cristo” – Vian Izak (feat. Davide Rossi)

“Sangre de Cristo” foi um dos singles que mais me pegou nessa lista. Os arranjos e harmoniam passeiam sobre um piano suave e um violino aveludado aqui. Também pudera, Vian Izak contou com uma belíssima colaboração de Davide Rossi, arranjador de bandas como Coldplay e Goldfrapp nesta canção. A música aconchega ao mesmo tempo em que nos faz refletir. “Oh, são más notícias por toda parte. Então vamos lá e pintaremos toda a cidade. (…) eu vou me segurar a esperança” canta ele nos trazendo pitadas de fé no meio de tempos incertos. A inspiração para a música nasceu de memórias de um tempo passado pelo artista na cordilheira Sangre De Cristo e isso é bem retratado ao longo de sua letra. Sem dúvidas uma faixa que poderia embalar um sonho daqueles em que corremos em campos abertos, sorrindo, com a mente livre de todos os problemas que tem nos assolado ultimamente.

“How Come You Sleep” – Michael Baker

Outro nome novo por aqui, o cantor e compositor anglo-francês Michael Baker estreia no blog com seu novo single “How Come You Sleep”, o primeiro de seu terceiro álbum em estúdio que está a caminho. O nome e a cara podem ser novos para mim e para você, mas a sensação que a música dele nos trás é familiar aos nossos ouvidos. Não só pela melodia e mensagem que traz, esse questionamento sobre as mentes que não param nunca. Isso é cada vez familiar para nós nos dias de hoje, certo? Mas Baker carrega ainda uma voz e uma sonoridade que nos remete quase que instantaneamente ao Cat Stevens e só isso foi suficiente para eu gostar dele. “How Come You Sleep” ganhou um clipe belíssimamente animado por Alice Humphreys e que retrata muito bem o que a canção nos quer dizer.

https://youtu.be/eFx4SmmGLhM
“I Love That Sound” – Michael Bernard Fitzgerald

Outro nome novo em nossas listas, Michael Bernard Fitzgerald lançou em julho o single “I Love That Sound” e ele é daqueles que chamam a atenção de cara. Não precisa muito pra se interessar. Primeiro, os acordes. Depois, a voz. Amarrando tudo, a narrativa. Singela, mas descritiva. Trazendo até nós os mínimos detalhes da cena narrada. “I Love That Sound” é o segundo single de “Love Valley”, o vindouro álbum do músico. Segundo Fitzgerald, a canção “continua o tema de meu single anterior, ‘Our River’, – um reflexo desse sonho rural que tenho para minha própria vida do meu disco de treze canções”. Enquanto o disco não nos chega, ao menos podemos repetir essa faixa.

“Every Colour” – Luca Fogale

Luca Fogale é um daqueles artistas que a gente se apaixona de primeira. Ao menos foi o que aconteceu comigo quando, lá em 2018, ouvi o seu single “What I Came Here For”, o que rendeu essa resenha aqui. Agora em 2020, ele chega com “Every Colour”, numa pegada bem mais pop, é verdade, mas com a mesma gentileza na voz e na melodia. O single é apenas mais um apertivo do seu álbum “Nothing is Lost” que deve chegar até nós em setembro deste ano. Sobre lançar uma faixa otimista nestes tempos obscuros, Luca diz: “Eu tinha pensado muito sobre qual música lançar a seguir e parei em uma de otimismo; uma música sobre encontrar beleza em tudo e qualquer coisa”. Vale muito dizer que o artista declarou que 100% das receitas do Bandcamp de “Every Color” e de toda a minha discografia serão doados a diferentes organizações sem fins lucrativos que apoiam o BIPOC (Black, Indigenous, and People of Color) indefinidamente, começando com a Associação de Mulheres Nativas do Canadá e a Campanha Zero. Boa música alinhada a consciência e boas ações precisa ser partilhada. A faixa ganhou ainda um clipe incrível com uma performande encantadora do dançarino Quaba Venza Ernest.

“Opaline” – Novo Amor

Se na nossa lista anterior, ganhamos dois singles incríveis do Novo Amor, nesta não ficamos órfãos. A banda encabeçada por Ali John Meredith-Lacey lançou “Opaline”, uma faixa mais solar e um tanto quanto contagiante. Como é de costume do trabalho de Ali, a canção chega com um clipe intimamente conectado entre versos e imagens com uma narrativa gostosa que nos prende do começo ao fim. A direção do vídeo ficou por conta de Stefan Hunt. “Opaline” vai integrar o vindouro disco de Novo Amor, “Cannot Be, Whatsoever”, a ser lançado em novembro deste ano.

“You Belong to Me” – Mo Kenney

Acordes nostálgicos nos preparam para a voz e os versos mais nostálgicos ainda que Mo Kenney tem preprados para nós. Ela é mais um novo nome que nos aparece nesse mês de julho e chega com um single suave e saudoso, intitulado de “You Belong to Me”. Toda essa atmosfera melancólica que nos envolve, não é em vão. A canção, na verdade, é um cover de uma canção de Patsy Cline, uma cantora que migrou do country para o pop e que é considerada uma das mais influentes do século XX. Sobre a sua versão, Mo diz “Canções country antigas me lembram de sair com meu avô Ozzy em West Gore. O rádio estava sempre ligado e canções country antigas sempre tocando. Sou fã de Patsy Cline desde criança e ‘You Belong to Me’ é minha música favorita que ela canta.(…) Essa música tem uma vibração realmente solitária e solitária que eu acho que realmente reflete os tempos em que todos estamos vivendo agora. Espero que você goste de ouvir minha opinião sobre este clássico”.

“Fault Lines” – Callum Pitt

Encerrando a apresentação de novos nomes por aqui, quero falar pra vocês sobre o novo single de Callum Pitt. Entre riffs folk escolhidos a dedo, uma voz de falsete e harmonias ricas, “Fault Lines” nos fala sobre polarização e encoraja a ignorância e o preconceito a se encontrarem com o amor, a compreensão e a educação. Segundo Pitt, o single “é dirigido ao governo do Reino Unido e à imprensa de direita, que incitaram o ódio e a divisão no público por meio de sua retórica nos últimos anos, em particular.Fomos divididos ao meio como ‘partidários’ ou ‘remanescentes’, demonizando imigrantes e refugiados. Isso permitiu que a mancha da supremacia branca se espalhasse”. E conclui: “‘Fault Lines’ encoraja a ignorância e o preconceito a serem enfrentados com educação e conversação”.