“Folsom Prison Blues” ganha nova versão no banjo de Wagner Creoruska

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Talvez “Folsom Prison Blues” seja uma das canções mais icônicas de Johnny Cash. Uma das narrativas mais curiosas e míticas, certamente é. Quase um hino para sua fase mais bad boy e, também, responsável pelo show histórico que o homem de preto fez na penitenciária que inspira o título e enredo da canção.

Com todo esse histórico, é claro que ela também já foi inspiração para muitos músicos e está sempre a ser revivida por fãs de Cash. E foi mais ou menos assim que surgiu a versão que temos a honra de estrear nesta terça, 15 de dezembro, aqui no nosso blog. 

“Estava com banjo afinado em Mi (o normal é ele estar em Sol) e comecei a testar algumas música que já tocava, comecei a tocar ‘Folsom Prison’ e de cara já deu outra sonoridade, com ela vieram algumas das variações então gravei rapidamente e mandei pra um amigo que respondeu: ‘Cara, você tem que gravar isso porque está muito legal”, conta pra gente Wagner Creoruska, o mago dos banjos no Brasil e super conhecido pelo seu trabalho na banda O Bardo & o Banjo. O amigo em questão é o Caio, integrante da banda Pilgrim Bluegrass, que ainda sugeriu um violino para acompanhar.

Convencido da ideia, Wagner entrou em contato com outro amigo, desta vez o músico e multi-instrumentista Diego Junges, que topou de cara participar e juntos terminaram de compor o arranjo final. “Eu acredito que a música escolheu a gente, pq desde tocar as primeiras notas ali em Mi ate ter o clipe pronto foi um processo todo natutal e o mais legal, nós dois curtindo muito gravar e trabalhar nela”, conta ainda Wagner.

Sabe outra coisa curiosa aqui? Wagner e Diego nunca tocaram ou sequer se encontraram pessoalmente. Eles se conheceram através de uma gravação pela internet, no ano passado, e sempre tiveram uma boa sinergia, mesmo a distância. E foi a distância também que eles chegaram a essa nova roupagem para a canção. Afinal, 2020…

“Sei que é dificil acreditar que no meio de tanta coisa ruim essa pandemia trouxe algo bom, mas realmente fez com que tentassemos explorar nossa criatividade com o que temos a disposição, então, tudo foi gravado e produzido em casa, sem grandes recursos e buscando sempre o melhor”, revela Wagner. “O que vale mesmo é todo carinho e amor envolvido em um trabalho, então seja em casa, ou em um estúdio o mais importante ainda é isso”, conclui o músico.

E foi assim, aprisionados pelas condições de 2020 mas conectados pela paixão pela música que Wagner Creoruska e Diego Junges deram uma nova vida ao clássico de Cash. Play para conferir!