Já passou da hora de falarmos sobre o Jordan Mackampa

por

Quantos plays em um artista é necessário para nos declararmos apaixonados por sua arte?

Eu conheci o Jordan Mackampa em meados de 2018. Um dia ou outro, eu procurava por ele no Spotify ou no YouTube e lá vinha uma nova canção, acompanhada de uma sequência de pensamentos que me diziam “puxa, esse cara é mesmo bom. Preciso procurar mais sobre ele para escrever depois”. Acontece que eu nunca procurava. Mais um dia chegava e lá estava eu, aleatoriamente, buscando mais uma música do Mackampa para ouvir. Mais uma vez, me surpreendia. Voz, letra, acordes, entrega. Voilà! Eu tinha mesmo um novo artistas favorito na minha playlist!

Mackampa nasceu no Congo, mas foi criado em Coventry, Inglaterra. Sua música é o produto de sua herança congolesa e da infância inglesa, é o perfeito cruzamento entre ritmo e poesia. Na bagagem, ele já carrega 3 EPs aclamados pela crítica e inúmeras performances esgotadas.

Quando questionado sobre sua musicalidade pelo Guestilist, Jordan disse que cresceu em um lar gospel e na adolescência foi apresentado ao estilo folk. “Então, eu acho que eu tento combinar um elemento da honestidade da composição de músicas folk e a vibração soulful gospel que mantém a energia alta, como um pulso através da música, e é aí que você me encontra, no meio”, explica.

Um de seus últimos singles lançados, intitulado “One in the Same”, é uma obra prima! A canção aborda o mundo das conexões virtuais, cheio de questionamentos e uma ampla fidelidade ao seu estilo poético. “Then when our screens go black / We see ourselves staring back, / How did we come to this?”, ele nos questiona.

Sobre a canção, ele chegou a falar para a Atwood Magazine: “Estamos todos eletronicamente conectados, mas distantes fisicamente e emocionalmente. Eu tentei incorporar o quanto de nossas ‘personas online’ consomem o nosso dia a dia, porque não importa onde estamos no mundo, todo mundo vê a mesma tela preta quando o telefone morre e são apenas os reflexos que nos olham, deixando-nos um pouco solitários”.

Reflita sobre isso enquanto ouve a canção, e assiste a uma conexão de almas nesse clipe fabuloso dirigido por Tom Ewbank.

No momento, duas canções do Mackampa têm me acompanhado ao longo dos dias. São duas faixas belíssimas, cheias de dedilhado e sensibilidade. Do jeito que eu gosto.

Uma delas, “What Could Have Been”, que fala sobre memórias e amadurecimento, ganhou um vídeo com a interpretação ao vivo do músico. Vídeo, a propósito, necessário para quem também quer mergulhar em sua interpretação.

A outra canção… Bem, não é uma canção dele. Trata-se de “Walk on the wild side “, do Lou Reed, que ganhou uma versão tremenda do Jordan no projeto Covers da Mahogany. Confira logo abaixo!

Jordan tem planos para um disco em breve? Sinceramente, não sei. Ele vai lançar mais um single nos próximos dias? Também não faço ideia. Por enquanto, estou descobrindo e redescobrindo esse cara, suas letras, a alma por trás de suas canções. E espero que esse post incentive você a fazer o mesmo.

Deixo aqui o link para o Spotify do músico. Enjoy the play!