Mais intimista, Casaprima canta sobre vulnerabilidades e relacionamentos em novo trabalho

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Eu acho muito massa poder acompanhar a evolução de artistas que a gente gosta. Talvez por isso eu curto tanto ouvir uma galera que tá começando na carreira.

Você vê aqueles artistas crescendo como artistas e como pessoas. Torce por eles. Passa pela fase de querer guardá-los numa caixinha para ninguém descobrir que eles existem. Depois, quer mostrar para todo mundo. E seus amigos e amigas não aguentam mais te ouvir falando sobre eles. Sério. Eu amo todo esse processo.

E falo tudo isso, enquanto ouço os novos lançamentos de um duo que gosto demais, o Casaprima – formado por Heitor e Maria. Os conheci enquanto banda, lá no comecinho. Os vi organizar um dos primeiros festivais de música folk de Pernambuco, o Primavera Folk. Estive pessoalmente com eles quando vieram passar um tempo na Europa. Moramos na mesma cidade. Trocamos ideias mil sobre a vida no Brasil e a vida em Portugal. Passamos reveillón juntos. Nos despedimos comigo agenciando um pocket show deles num café aqui onde moro.

Temos histórias juntos. Mas não é só por isso que torço por eles. A evolução é nítida. As letras estão cada vez melhores, as vozes estão cada vez melhores. Os arranjos estão cada vez melhores.

Em 2021, eles estão tirando do papel um novo trabalho que está na gaveta faz tempo. Um álbum que deveria ter sido lançado meses (talvez anos!?) atrás. Deveria, mas não foi. Afinal, tudo acontece no seu tempo devido.

Dois singles já foram lançados: “Maduro e Real” e “Eu Canto”. Neles o folk se mistura a diversos elementos. São acordes e batidas, crueza e sintetizadores, embalando narrativas precisas sobre inseguranças e relacionamentos. Aliás, a vulnerabilidade emocional é uma das marcas do projeto desde seu início. E essas novas canções chegam para solidificar a identidade intimista e pessoal das composições da dupla.

Eu gostei demais do que saiu até agora e, depois de um tempo ouvindo e guardando para mim, chegou a hora de eu partilhar com vocês. Espero que gostem tanto quanto eu.

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