Novos singles que ouvimos: Noah Guthrie, Fabiola Beni, Freyr, May Terra, Long Tall Jefferson, e outros lançamentos

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Depois de uns dias de folga, voltamos com os posts e nossas indicações. Como sempre, tem música folk para todos os gostos e com aquela qualidade que gostamos de indicar.

“Ain’t a Bad Thing” – Noah Guthrie

Não é novidade que Noah Gurthrie é um dos meus artistas favoritos da atualidade. É difícil não gostar de cada single novo desse rapaz enraizado na Carolina do Norte. E aqui em seu novo single, mais uma vez, Noah usa da sua habilidade de compositor para extrair do seu íntimo a sensação de viver num ano pandêmico e todas as consequências disso. Ele até gravou um vídeo (assista aqui) falando mais sobre o tema e como a canção foi composta. Roots, crua, banhada de americana e proclamada com sua intensa voz. Difícil não se encantar.

“Velha amiga” – Fabiola Beni
(por Arthur Boari)

Não há o que discutir quando uma violeira pega sua viola e dedilha algumas notas. Você sabe que vai sair uma canção bem maneira e que, com certeza, vai fazer você viajar ao passado e revisitar boas memórias. “Velha Amiga”, de Fabiola Beni, é aquela canção que pega na sua mão e te transporta para os bons tempos da faculdade, para as “discussões filosóficas” que ocorriam nas repúblicas, dos momentos de fuga da rotina acadêmica com uma breja na mão, do calor das relações interpessoais, das risadas com os amigos. Dê uma pausa no que estiver fazendo e viaje nas suas lembranças ao ouvir essa canção. Aproveite e mande aquela mensagem pra sua Velha Amiga.

“Fairy Man” – May Terra

A cantautora May Terra também lançou single por esses dias, e ele também fala sobre amizade. Em “Fairy Man”, May traz todo um lirismo para uma relação com um amigo que ela chama, numa tradução livre, de “homem fada”. Numa narrativa sincera e embalada por belas cordas, sua letra passeia sobre as fases de uma amizade: suas belezas, suas fraquezas, suas conquistas, suas perdas. 

“If You Come Home, Won’t You Come Home Tonight” – Saint Christopher

Você há de concordar comigo que boas cordas e harmonias vocais são mesmo a mistura perfeita para uma balada folk. Se isso vem acompanhado de uma narrativa existencialista então… prato cheio para fãs de música que são nostálgicos e filosóficos. Em “If You Come Home, Won’t You Come Home Tonight”, o terceiro de quatro singles do vindouro álbum “I Learned To Kill My Brother”, o jovem Saint Christopher mexe conosco em todos esses aspectos. Enquanto dedilha seu violão, ele fala sobre a esperança de uma intervenção divina, mesmo em face da dúvida total. A faixa é ainda um apelo suave e emocional por algo maior,  um conto simples e calmante sobre como pedir ajuda. E, sem dúvidas, uma boa chave de entrada para o trabalho desse rapaz que acabamos de conhecer por aqui. 

“Avalon” – Freyr

Outro single que tem embalado as playlists por aqui é  “Avalon”, de Freyr Flodgren. Desde que conheci o som do sueco/islandês no ano passado (leia nossa entrevista com ele aqui), me apaixonei por seu modo de fazer música e cada novo single é uma deliciosa surpresa. Neste aqui, Freyr mistura sua melancolia indie folk e sua voz serena a um beat relexante, mas que encorpa a melodia. É daquelas canções que invadem não só a nossa audição, mas também o ambiente em que estamos. Relaxa, aquece, transcende. Difícil aqui é ouvir só uma vez.

“Trainspotting” – Hugo M. Hardy

Eis aqui uma achado que ficou em looping na minha playlist. Hugo M. Hardy é um novo artista e, assim como eu, provavelmente você ainda não tinha ouvido falar dele. Mas basta um play no neste novo single do londrino para você dar aquela parada e pensar “Nossa! Ele soa como meus artistas favoritos”. Mergulhado em melancolia, Hugo canta sobre mágoa, dor, perda, tristeza e a necessidade de introspecção e espaço diante de tudo isso. com uma voz caracterírtica, quase que trancada, mas que precisa colocar para fora tudo o que está nessa letra. Belíssimo!

“Better Man” – Long Tall Jefferson

Dedilhados abrem “Better Man”, o novo single de Long Tall Jefferson. E vocês já sabem bem que eu sou chegada num bom dedilhado. Não demora até que Simon Borer, o nome por trás do projeto, nos atire a frase “Who are you to tell me I was wrong?” e alinhando isto ao título da canção, não há como não prestar atenção em toda a narrativa que sucede em calmaria e questionamentos. Musicalmente, L.T.J. não tem medo de arriscar e nos entrega uma super mistura de folk tradicional e os mais variados elementos sintéticos do indie e do pop. É uma surra de beleza essa canção. Deixo vocês aqui com um vídeo de uma bonita live session da mesma, e na qual ele aparece acompanhado pelas musicistas Franziska Staubli (guitarra elétrica e backing vocals) e Laura Schenk (teclados e backing vocals). Ah, vale dizer ainda que “Cloud Folk”, o novo álbum completo do rapaz, sai no mês que vem.

“Woke Up Drunk” – Creature Comfort

Se você chegou até esse momento da nossa lista e acha que eu ainda não poderia surpreender você ao falar sobre dedilhados e narrativas, experimenta dar um play em “Woke Up Drunk”, o novo single dos Creature Comfort. Vai por mim, você será fisgado(a) no primeiro acorde. A sonoridade dessa música é uma zona confortovél demais para mim e ainda assim, supreendentemente agradável: aquela deliciosa mistura de indie rock e americana. Na letra, uma inqueta sofrência que fala sobre um olhar cansado para um relacionamento que já acabou e a vontade de seguir em frente, enquanto se pergunta o que mudou e se as coisas poderiam ter acontecido de forma diferente. Recomendo fortemente!

“Harder Than Diamonds” – Spring Owls

O novo single do Spring Owls nos apresenta uma mensagem necessária para os dias que temos vivido. Num tempo que tudo nos divide, o artista canta sobre nossas semelhanças e em como podemos nos concectar através das nossas experiências comuns. Com uma melodia leve e letra sincera, a faixa chegou ainda de um video clipe inspirador. Confira abaixo:

“Adeline” – Cass & Crossland

Encerrando com chave de ouro a lista dessa semana, quero indicar para vocês “Adeline”, do duo Cass & Crossland. Essa faixa que me lembrou bastante dos The Lumineers, não só musicalmente, mas também na essência de sua composição. A canção é uma reflexão sobre como fazer o que todo mundo pensa que você deve fazer nem sempre te satisfaz ou te deixa feliz. Melodia e vozes aqui são contagiantes e não há como sair dessa música sem querer conhecer mais sobre essa dupla do Arizona.

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