Os 24 melhores discos folk que ouvimos em 2018
por Maísa Cachos
Não adianta, é sempre complicado listar favoritos! Vai sempre faltar alguém e vai sempre ter alguém na lista que você acha que não deveria estar, mas tentamos dar o nosso melhor.
Em 2018, decidimos dividir a lista em duas: tivemos os 12 melhores lançamentos do primeiro semestre e depois os 12 melhores do segundo semestre. Aqui embaixo você confere os 24 na íntegra, por ordem de lançamento:
1. Brandi Carlile – By The Way, I Forgive You
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2. Joan Baez – Whistle Down the Wind
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3. O Bardo e O Banjo – O Tempo e A Memória
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4. The Mind Traveller – See You in Another Life
The Mind Traveller é um projeto do músico francês Olivier Domingue, que nos presenteou em março com esse EP criativo e fantástico. Ao longo de suas 5 faixas, ele nos deixa num estado de espírito parecido com o nome do seu projeto, nos tornando “viajantes da mente”. A sonoridade desse cara é rica, curiosa, cheia de elementos fabulosos e que passeiam pelo folk-rock, indie-folk e folktronica.
5. Jonavo – Casulo
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6. Josiah and the Bonnevilles – On Trial
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7. Ciaran Lavery – Sweet Decay
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8. Anna Leone – Wondered Away
A jovem Anna Leone tem uma sonoridade e lirismo incríveis. Ao mesmo tempo que sua música nos lembra a tradicionalidade de Bob Dylan e Laura Marling, o drama pesado de seu trabalho lembra a música Lana Del Rey, porém pairando sobre um ambiente mais acústico. Apesar de soar como uma artista bem experiente, a cantora de 23 anos, lançou o seu primeiro EP em abril de 2018!
9. Jéf – Solar
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10. Open Folk – Las Estaciones
Nascido em 2014, o Open Folk é um dos mais importantes gestores culturais da cena independente de Buenos Aires, tendo organizado mais 250 espetáculos e reunido mais de 1000 artistas independentes em seus palcos, até agora. Apesar de trabalhar com diversos estilos musicais, o próprio nome mostra que o projeto tem uma raiz (e forte!) no folk. Eeste ano, o projeto lançou “Las Estaciones”, seu segundo álbum, que conta com canções originais de 10 artistas incríveis que já participaram de seus ciclos #OpenFolkNights. O disco foi produzido e gravado pela própria equipe do Open Folk. O nome escolhido para este disco, mostra que ele não é apenas uma compilação, mas uma viagem através de diferentes climas e sensações que refletem a mensagem que cada artista presente nele quer compartilhar. Além de uma excelente lição de como o trabalho em equipe e esforço conjunto pode trazer benefícios para a cena independente taí uma baita porta de entrada para os trabalhos autorais de Agustín Donati, Juan Demarco, Tarsitano, Titi Stier, Nichi, Dolores Cobach, Mauro Meloni, Sebastián Mattiassi, Fede Petro e David Amado. Ah, a belíssima arte de capa é da artista Ash Galzerano.
11. Aisha Burns – Argonauta
“Argonauta” é o segundo álbum solo da musicista nascida no Texas, Aisha Burns, e está enraizado nos detalhes trágicos e mágicos de todos os dias. O disco leva o nome de um capítulo de um livro chamado Gift From the Sea, de Anne Morrow Lindbergh, esposa do famoso aviador Charles Lindbergh. Aisha explica que: “há no mundo marítimo certas criaturas raras, como o ‘Argonauta’… que não está preso à sua casca. Na verdade, é um berço para os jovens, segurado nos braços da mãe argonauta que flutua com ela até a superfície, onde os ovos eclodem e os jovens nadam para longe. Então a mãe argonauta deixa sua concha e começa outra vida… Os marinheiros consideram essas conchas um sinal de bom tempo e de ventos favoráveis”. O trabalho é uma coleção de oito faixas sobre sua luta com a dor de perder sua mãe, enquanto também navega em um novo relacionamento e, finalmente, tenta descobrir o que o novo normal é para sua vida. São canções que fogem dos padrões convencionais, trabalhando quase sempre apenas a voz e as cordas dos violões. Muitas delas são tão contidas que você quase deseja que alguma coisa perfure sua capa protetora, para que Burns deixe sua voz explodir sua dor. Sem dúvidas, este é um dos mais belos álbuns que ouvi esse ano. Sem conta que Aisha me lembrou muito a Tracy Chapman. Espetacular!
12. Roo Panes – Quiet Man
Roo Panes chega ao seu terceiro álbum! E mais uma vez não decepciona. Em “Quiet Man”, sua música está ainda mais madura, ainda mais bonita e, sei lá como, ainda mais agradável de ouvir. Ao longo das 11 faixas, Panes mistura seus tons mais graves com falsetes muito bem trabalhados, sussurrando em nossos ouvidos pequenos murmúrios de amor perdido e relacionamentos fracassados. Para produzir este trabalho, o cantor e compositor se retirou para o interior da Inglaterra, no ano passado, para se concentrar em novos materiais e descobriu que a solidão o fazia bem. O resultado é este discão!
13. AHI – In Our Time
Dono de um grave surrealmente lindo e carregado de emoção, AHI (lêe-se “eye”, olho em inglês) chega com o seu segundo e incrível disco “In Our Time”. AHI, na verdade, é um acrônimo para o nome completo do cantor nascido em Ontário, Ahkinoah Habah Izarh. As 11 faixas do trabalho são impregnadas de uma vibração otimista e cheia de esperança. Os vocais e melodias são fortes e sensacionais! E o álbum tem o intuito de falar sobre o processo de cultivar e manter uma perspectiva positiva diante de tempos difíceis, como é o nosso agora.
14. Michael Nau – Michael Nau & the Mighty Thread
Sem dúvidas, este é um dos álbuns mais envolventes que ouvi esse ano. A voz do Michael Nau me lembrou um pouco a do The Mind Traveller (citado mais acima) e suas melodias me remeteram ao trabalho do sempre incrível Nathaniel Rateliff. Então já dá pra perceber que curti bastante! Este é o terceiro álbum do músico, agora com The Mighty Thread como sua banda oficial. E como o site SoundLab bem resumiu, “Nau é uma boa mistura de psych/folk-pop/rock (com o sotaque pop) e um toque de soul music, com um brilhante senso de melodia e um toque bacana para as letras que vão junto”.
15. Tomberlin – At Weddings
O álbum de estreia da cantora Tomberlin é simplesmente encantador. Ele reúne dez poderosas faixas com letras imersivas e pessoais, que são basicamente apoiadas por violão e piano, e cheias de melodias sutis. A temática é forte: a artista escreveu a maioria dessas canções durante o final da adolescência e início dos vinte anos. Aos 16, ela foi para uma faculdade cristã, que abandonou no ano seguinte. Filha de um pastor batista, ao voltar para casa, começou a enfrentar um período de difícil transição, no qual se viu questionando não apenas sua fé, mas sua identidade, seu propósito e seu lugar no mundo. Diante de tudo isso, o disco é carregado de reverência pela música em si, pelo poder que tem de curar os outros e ajudar as pessoas a navegar suas vidas. É um álbum sobre aprender a amar a si mesmo e aos outros com a mais profunda sinceridade.
16. Gustavo Bertoni – Where Light Pours In
Gustavo Bertoni, lançou “Where Light Pours In”, seu segundo álbum solo. Assim como em “The Pilgrim” (2015), o músico foge um pouco da atmosfera do rock alternativo e pesado da Scalene, na qual atua como vocalista e guitarrista, e mergulha numa atmosfera com uma sonoridade mais leve, calcada no folk, mas sem abrir tanto a mão de umas boas guitarras. As dez canções do trabalho versam sobre leveza, questionamentos existenciais e inspirações que influenciaram sua formação como músico.
17. William Fitzsimmons – Mission Bell
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18. Novo Amor – Birthplace
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19. boygenius – boygenius EP
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20. Gregory Alan Isakov – Evening Machines
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21. Mustache e os apaches – Três
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22. Crowder – I Know a Ghost
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23. Josh White e Josh Garrels – Josh White e Josh Garrels
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24. Rosborough – The Paper Boats EP
Abaixo, vocês podem conferir os vídeos com cometários sobre os discos.