Tabea e um mar nos ouvidos

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Se cada grão de areia fosse um restinho de sorriso, isso diria muito sobre a quantidade de fotos alegres que temos em frente ao mar. E orla seria como um lábio, tanto guardião dos sorrisos quanto indicador de seu formato. Se assim, todo sorriso é uma espécie de praia inédita e particular, que decide se mostrar aos banhistas apenas quando vale a pena. Ouvindo Tabea, concluo, um mar se abriu por toda extensão do meu rosto.

Em seu single mais recente, “Sugar Queen”, a cantora radicada em Portugal faz melodia sobre uma espécie de musa que apresenta um mundo novo, caloroso e bendito. Essa figura solar pode ser tanto a própria rainha do nosso sistema planetário quanto uma estrela viva pela qual nós nos atraímos e temos prazer em orbitar.

O mais interessante, nessa construção, é seu desfecho: existe toda uma relação harmônica e a rainha está em tudo. Assim, é “sweet pie” e “razor blade”, sendo essa a última palavra que ouvimos. Uma rainha que é doce, mas sabe cortar.

O clipe da música vale um destaque: utilizando camadas e sobreposições, o clipe gravado em contraluz nos faz pensar que a Sugar Queen é várias: está por aqui em cada pessoa, em cada espaço e em você leitor. A figura do espelho reafirma isso. Então ouçam e espelhem-se:

Fiquemos então com os sorrisos, os discos e os singles de Tabea, e toda sua maritimidade. Músicas que nos colocam no agora, no momento de hoje e na beleza que só o instante alcança.

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