25 álbuns do folk brasileiro lançados no primeiro semestre e que ainda não tínhamos comentado aqui

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Não tem jeito, o ritmo de lançamentos do folk nacional está anos luz à frente da nossa capacidade de ouvir discos e produzir resenhas. Mas sempre arrumamos uma maneira de apresentar para vocês as novidades que têm surgido na cena.

Prontos para mais uma lista? Desta vez, apresentamos 25 álbuns e EPs que foram lançados neste primeiro semestre do ano e que ainda não tínhamos comentado por aqui.

Os lançamentos passeiam entre nomes já conhecidos, outros nem tanto, e outros ainda que ouvimos falar pela primeira vez. Rola o mouse (ou dedo, caso esteja no celular) e aproveitem as dicas!


Folksons – “Jeito Que Eu Sou”

Quatro faixas autorais nos apresentam o som da Folksons em seu primeiro trabalho autoral, intitulado “Jeito Que Eu Sou”. Influenciados por sons como os de Mumford and Sons, The Lumineers e Of Monsters and Men, as canções abordam temas relacionados a esperança, saudade e amor. Com exceção de “Pirata”, que fecha o trabalho num tom narrativo mais literário.

Quatro também é o número de integrantes que formam a banda – dois irmãos, um primo e um amigo de infância. São eles Henrique e Gabriel Sotello, Giovanne Lavorini e Almiro Medeiros.

E quatro é ainda a quantidade de faixas que o grupo promete nos entregar até o início de 2020. Mas, até que elas cheguem, temos bastante coisa para ouvir por aqui.

OUTROEU – “Encaixe”

O quarteto agora é duo: Mike Túlio e Guto Oliveira. E “Encaixe” é o primeiro lançamento do OUTROEU neste formato. Composto por cinco faixas autorais, o trabalho segue o caminho da mescla de folk, pop e MPB que uma nova leva de artistas brasileiro tem tomado.

Em comparação com o disco anterior, homônimo e lançado em 2017, as canções aparecem aqui um pouco mais minimalistas. A base pertence basicamente ao violão, guitarra e percussões leves, sempre acompanhada das harmonias vocais dos dois integrantes.

Ah, e trabalho, na verdade, é um aperitivo do novo álbum, que será lançado no segundo semestre.

Banda de Um – “Adão”

“Adão” é o segundo trabalho da Banda de Um e sucede o bonito Arbitrium, de 2017 (comentamos sobre ele aqui). No álbum, a banda de Boa Vista-RR, nos apresenta sete faixas voltadas pra a temática do primeiro homem, o Adão. Mas o disco também fala muito sobre o relacionamento seja com Deus ou com o algo maior que você acredite.

Gravado em um sítio na Serra Grande e sob a produção de Jonathan Cidrack, o trabalho apresenta aqui um diferencial em relação ao primeiro lançamento, que é a presença de guitarras com distorções. Mas o folk ainda permanece bem evidente em faixas ccomo “Tranquilo” e “Viver a vida”. Vale comentar também os bonitos vocais de Carol Barbosa nas músicas “Temer jamais” e “Canção de Adão”.

Chico Bernardes – “Chico Bernardes”

Ser filho de Maurício Pereira e irmão de Tim Bernardes (O Terno) não é suficiente para Chico Bernardes. Apesar da pouca idade (Chico tem apenas 20 anos), ele precisava ser ele mesmo. E o é. Ao menos é o que parece no seu primeiro disco homônimo e autoral.

O trabalho reúne 10 faixas e foi todo tocado, produzido e arranjado pelo próprio artista. Durante duas semanas, Chico ficou imerso no trabalho no Estúdio Canoa com o co-produtor Gui Jesus Toledo, tocando os violões, baterias, baixos, teclados e pequenos efeitos do álbum.

Eu poderia dizer mais sobre esse disco, mas vou apenas transcrever uma fala do próprio Chico em uma entrevista para o Metro: “Gosto de tocar violão no jardim e fazer as coisas um pouco menos século 21 para não fritar a cabeça. Compositores dos anos 1970 e 1980, como Bob Dylan e Joni Mitchell, faziam isso, colocando a letra acima de tudo. Só o violão e a voz já bastam”. Letras acima de tudo e violão. É isso!

Raphael Ota – “Agora”

Depois de uma sequência de lançamento de singles, Raphael Ota nos apresenta “Agora”. Um disco de 10 faixas autorais que marcam um novo momento na vida do artista. “Eu quis que o álbum fosse verdadeiro, que retratasse o meu momento atual e por isso o nome: Agora. Não existe nada além do nosso presente”, diz ele.

Cantor, compositor e multi-instrumentista, Raphael conta aqui com a parceria de amigos talentosos como Peu Del Rey, Eu, Trovador e Jéf, para apresentar canções pop que, muitas vezes, passeiam por floreios do folk. Destaque para as faixas “Se Disser Que Sim” e “Nuvens no Varal”.

Morning Whispers – “The Tale of the Boy with no Name”

Com um título baseado numa pequena fábula criada pelo próprio Vinicius, aka Morning Whispers, que fala sobre um garoto que perdeu tudo e vive sozinho desde então, chega até nós o segundo álbum do jovem bardo de Campinas-SP (falamos sobre o primeiro disco dele aqui).

“The Tale of the Boy with no Name” conta com 9 faixas autorais de arranjos simples, mas honestos, que acompanham letras que nos dizem muito sobre seu autor e sobre nós mesmos. Composição, instrumentos e produção ficam todos por conta do próprio Vinicus que, neste trabalho, tem a agradável companhia de Karine Muller na faixa “Dark Days”.

Mais um ponto de destaque para o jovem músico, que também é estudante de Engenharia da Computação, é o fato de trazer mensagens de superação em suas letras. Destaque para “Hope”, que abre o trabalho, e a bela “Hey Little Boy”.

Lili Band – “Canções Acústicas”

Lili Band é um projeto mineiro, formado por Lili, cantora e contrabaixista participante do The Voice Brasil 2017, e Frederico Rezende, que mescla influências de Folk, Rock, Country.

Em 2016, eles lançaram seu primeiro disco autoral “Não foi por acaso”, apresentando músicas que refletem sobre a vida e a forma com que lidamos com nossos sentimentos e descobertas. Agora, eles chegam com o EP “Canções Acústicas” que reúne 5 faixas autorais com arranjos, como o próprio título diz, acústicos.

Avoada – “Avoada”

Recife é o berço de um grande número de músicos que conseguiram mesclar suas características regionais com o melhor da música mundo a fora e, assim, nos presentearam com projetos incríveis. Neste EP da banda Avoada, sentimos o mesmo se repetir.

O projeto independente, formado por Juvenil Silva, Marília Parente, Feiticeiro Julião e Marcelo Cavalcant, mistura, no trabalho de quatro faixas autorais, o folk de Bob Dylan e a psicodelia nordestina dos anos 70.

O som é centrado na guitarra, teclado e violão. As letras recorrem às temáticas da estrada e da liberdade, abarcando uma postura política e trazendo de volta as canções de protesto.

Suricato – “Suricato”

Sozinho e reinventado. Mergulhado e cercado por si mesmo. Compondo sozinho e tocando 85% dos instrumentos de seu novo trabalho. Este é o novo Suricato que o EP homônimo nos apresenta.

Três faixas compõem o EP, que anuncia, na verdade, um disco maior, de 11 faixas que será lançado no segundo semestre deste ano. A sonoridade mescla folk, rock e pop de uma maneira sútil.

Vale dizer que “Horizonte”, canção que fecha o lançamento, ganhou destaque na nossa lista de 25 novidades do folk brasileiro que divulgamos em junho.

Tiago Iorc – “Reconstrução”

Sem aviso prévio, Tiago Iorc pegou as 13 faixas de “Reconstrução”, seu quinto álbum em estúdio, junto com um vídeo para cada uma e jogou tudo na internet. Claro, foi aquele rebuliço.

O álbum soa mais maduro que o “Troco likes” (2015), passeando por assuntos mais densos como ansiedade e depressão, mas sem deixar de lado temas românticos já comuns na discografia do músico.

A maior parte das faixas são baladas românticas, mas os arranjos trazem algumas novidades, como pianos mais pesados, cenários mais sintéticos, um samba rock de leve… Mas o destaque mesmo vão para as cordas. Uma das minhas favoritas é a belíssima “Bilhetes” que tem a parceria e o toque de Duda Leindecker. Vale prestar atenção também em “Desconstrução”, uma referência clara a “Construção”, clássicos de Chico Buarque

T. Guy – “Tell Uncle John”

“Tell Uncle John” é o álbum de estreia do cantor e guitarrista T. Guy. Depois de viver em Londres, em 2014, onde teve a oportunidade de tocar em alguns dos mais importantes palcos de Blues da capital britânica. De volta ao Brasil no ano seguinte, vem acompanhando artistas do gênero, tanto nacionais quanto internacionais, desde então.

Em seu primeiro álbum, T. fala de relacionamentos fracassados. O tema, contudo, não é tratado de forma trágica: ainda que com certa dose de ironia, os cenários descritos pelas letras são, em sua maioria, bem-humorados e frequentemente identificáveis.

Ao longo das nove faixas presentes aqui, podemos perceber a versatilidade do músico que passeia por ritmos marcantes e históricos com sutileza e ousadia. Destaque para a deliciosa faixa que dá nome ao disco, “The Valley” (a mais folksy do trabalho) e a densa “No Friend Of Mine”.

Yellow Boulevard – “Roll Your Window Down”

A excelente banda Yellow Boulevard lançou o seu primeiro disco completo, intitulado “Roll Your Window Down”. Através de suas 11 faixas, que falam de todas as formas de amor, justiça, esperança e liberdade, somos transportados para uma road trip em alguma rodovia Californiana em meados dos anos 70.

A temática do disco passeia bem por essa atmosfera mesmo. Desde o título do álbum (com referência aos carros mais antigos que precisavam ter suas janelas “roladas pra baixo” manualmente para serem abertas), até os detalhes de suas letras.

O álbum foi produzido pelo baterista Eduardo Gaspary, que utilizou técnicas clássicas de gravação, presentes nos discos gravados nos anos 60 e 70. As letras, são em sua maioria compostas pelo vocalista Pedro Nascente(vocês já conhecem ele daqui). E os arranjos foram feitos coletivamente pela banda. Destaque para a belíssima “Someday” e a doce “Sleepless Night’s dreams”.

João Pedro Bonfá – “João Pedro Bonfá”

Sim. Se ao ler o nome de João Pedro Bonfá, você o relacionou ao Marcelo Bonfá, você fez certo. Ele é filho do famoso baterista da Legião Urbana. E este é o sei primeiro trabalho solo.

Batizado com o mesmo nome do cantor, o álbum conta com participações bem especiais. Além de seu pai, também figuram pelas faixas os guitarristas Dado Villa-Lobos (Legião Urbana) e Otávio Rocha (Blues Etílicos).

O trabalho conta com repertório autoral e transita ali entre o folk e o rock, com bastante ênfase em suas guitarras gritantes. A sonoridade é meio setentista e as faixas mais folk são sempre relacionadas às águas. Destaque para “O Barco”, “O canto da Sereia” e a instrumental “Mar”. “Cavalos Celestiais”, que encerra o disco, também é uma excelente pedida.

Zélia Duncan – “Tudo é Um”

Este álbum da Zélia Duncan foi extremamente comentado em diversos portais nacionais de música. Também pudera, ao lançar “Tudo é Um”, Duncan quebra um hiato de dez anos sem inéditas.

O álbum reúne 11 faixas autorais que passeiam entre a MPB e folk pop marcante do início de sua carreira, além de contar com parcerias ilustres como Moska, Zeca Baleiro, Chico César e Christiaan Oyens, este dividindo com a cantora a direção do trabalho.

“Tudo é Um” é um álbum suave, que enaltece as amizades que Zélia fez ao longo de tantos anos de estrada, através de letras simples, tons mais baixos e calmaria em meio ao caos dos tempos atuais.

Patrick do Prado – “Mesmo Que Não Tenha Sol”

O antes guitarrista de bandas de rock, Patrick do Prado, agora empunha violão, slide e gaita de boca, e usa sua voz e seu poema para misturar suas influências em um “som de estrada” com letras que contam sobre amor, existencialismo e desapego.

Recentemente, ele expôs tudo isso em “Mesmo que Não tenha Sol”, seu primeiro trabalho solo, que conta com quatro faixas autorais.

O trabalho, produzido por João Spinelli, carrega a inocência infantil em “Criança”, a magnitude de falar palavras em vão e mesmo assim as dizer em um “Sol de Inverno”, brinca com as palavras ao amar em 2 línguas em “Your Eyes”. E, por fim, termina com o contraste de degustar o gosto “Amargo” de um café, ou se preferir, da vida.

Falso Coral – “Delta”

“Delta” é o primeiro disco completo da banda Falso Coral, que surgiu em São Paulo com uma ousada proposta de misturar a viola caipira com o rock alternativo. Começando como um duo entre Bemti (voz e viola caipira) e Bella M. (voz), o projeto foi evoluindo até a formação atual com 5 membros.

O disco conta com as participações de Tiê, do duo Antiprisma e do grupo de folk Santa Jam Vó Alberta e é o desfecho de um processo de experimentações e evoluções que começaram com o lançamento do elogiado EP “Folia”, em 2016. Viabilizado por crowdfunding, a produção ficou por conta de André Whoong, e foi mixado por Luis Calil (Cambriana) e masterizado por Florência Saravia.

O “Delta” do título evoca os diferentes caminhos traçados pelos membros e pelas músicas nos palcos e fora deles.

Joana Castanheira – “Para”

Música com destinatário. Esse é o tom de “Para”, primeiro EP da cantora e compositora Joana Castanheira, que participou do ex-The Voice Brasil. O álbum, entrega cartas em formas de canções, revelando correspondências escritas por Joana e jamais enviadas.

Ao construir as letras e as sonoridades de “Para”, Joana transformou o trabalho pessoal em uma colaboração com parceiros de longa data. Com Aparecido da Silva, ela compôs “Para, Por Favor”. Com Rita e Pedro Altério, divide “Para Nós”. Ele é, também, da banda 5 a Seco e responsável por gravação, produção musical e edição do EP. Em “Para Cledir”, se uniu a Vitor Conor. “To Eleanor”, finalizou uma canção iniciada pela amiga Ana Vilela, autora do sucesso “Trem Bala”. Já “Para Mim” e “Para (Des)conhecido”, Joana assina letra e música.

O resultado é um trabalho de entrega emocional que mescla vivências e olhares sobre formas diferentes de amar. “Essas músicas são sobre as cartas que eu escrevi e nunca enviei. Hoje eu tomo coragem de enviá-las ao mundo, tomo coragem pra dizer todas as coisas que precisavam ser ditas”, reflete Joana.

Igor de Carvalho – “Cabeça-Coração”

Igor de Carvalho tem se destacado como um dos principais compositores de sua geração no Recife, capital de Pernambuco. E nos últimos anos já colaborou com diversos artistas de renomada importância, como Zélia Duncan, Johnny Hooker, Filipe Catto e o português Manel Cruz

Este ano, ele lançou “Cabeça coração”, seu segundo álbum que conta com 12 músicas autorais viscerais, produzidas por Rogério Samico com arranjos primorosos. Em algumas delas, temos participações especiais de alguns dos nomes que citamos a cima.

No trabalho, Igor pulsa verdades através do rock, cultiva suas raízes regionais, passeia pelo reggae e dedilha belas cordas do folk. Destaque para a sensacional “Absurdo ser Normal” e as belíssimas “Daqui pra Frente” e “Só Resta o Amor”.

Tiago Sarmento – “Entressafra: Ou Canções Para Se Ouvir Ligeiramente Ébrio”

Qual outra temática possível para um disco do Tiago Sarmento que não o vinho e o álcool? Brincadeiras à parte, é sobre isso mesmo (e tantas outras coisas) que fala o quarto disco do músico mineiro.

“Entressafra: Ou Canções Para Se Ouvir Ligeiramente Ébrio” nos apresenta nove faixas autorais, na qual duas contam com a presenta ilustre do músico, também mineiro, Landau. Alguma delas até ganharam clipe, como é o caso de “Toda Garrafa tem sua História” (que comentamos aqui) e “O Boho-Folk do Mato (O Cowboy do Asfalto)” (que comentamos aqui).

Folk, rock e blues embalam o novo projeto do artista que faz jus ao título. Algumas verdades das suas letras não são assim tão fáceis de engolir, vai ser preciso mesmo um gole ou outro.

Projeto 1 – “Entropia”

O Projeto 1 é um trabalho coletivo, assinado por três nomes com formações e bagagens musicais muito distintas. São eles: Edu Aguiar (produtor, arranjador e compositor), Mingo Araújo (percussionista que tocou em “The Rhythm of the Saints”, de Paul Simon, e com diversos nomes de peso da música brasileira) e Camila Matoso (cantora e atriz carioca, criada no Rio Grande do Norte e que se destacou em uma das edições do The Voice Brasil).

Em “Entropia” eles nos apresentam 14 composições inéditas, autorais e com um raro padrão de qualidade em arranjos e execução, sempre norteadas por lirismo e boas doses da sofisticação. As faixas são bem enraizadas na MPB, mas é possível ouvirmos influências fortes do folk, blues e reggae. As letras são fenomenais, todas elas.

Não bastasse o projeto ser tão rico em si próprio, ainda conta com participações de nomes gigantes como Geraldo Azevedo, Zélia Duncan, Gabriela Morgare,
Eugenio Dale e tantos outros.

500diasdeverão – “Marinheiro”

“Marinheiro” marca o retorno dos 500diasdeverão. O terceiro EP do projeto, claramente inspirado pelo hit indie 500 Dias com Ela (que completa 10 anos em 2019), é o primeiro gravado inteiramente em estúdio (o Rota 66).

O trabalho reúne quatro músicas – duas recentes, uma regravação do segundo EP e outra escrita pela paulista Nayara Konno – que exalam beleza e simplicidade. Há poesia, há melancolia, há alegria tímida e há romantismo, desta vez mostrados por um prisma acústico mais robusto.

Aurora Boreal – “Solo em Cedro”

Intitulado “Solo em Cedro”, este EP do projeto Aurora Boreal, é o passeio solitário de Erika Castro em meio a canções ecoadas de seu violão de nylon, cheias de críticas sociais e de poemas que refletem sua visão do amor menos romantizado, da necessidade de empatia, de sua afeição à justiça e aos rios de sua cidade: Belém do Pará.

Através de suas seis faixas autorais, a compositora demonstra uma maior maturidade e bastante coragem na escrita sobre temas e enredos tão necessários aos dias de hoje, demonstrando cuidado musical em tons de singeleza apurada, que, segundo Erika, reflete suas influências de trabalhos como os de Nara Leão, Rubel, Marcelo Camelo, além de músicas Indie e Folk.

Destaque para a faixa “Só e Seu”, que conta com a parceria do músico Cássio Sá e fala da essência de amores ‘pé no chão’, em que a busca pelo próprio ‘eu’ e pela felicidade individual não deve ser anulada.

Touro Mecânico – “Rancho Urbano”

O EP “Rancho Urbano” traz três faixas inéditas, além de “Velho Forasteiro”, que aparece como uma faixa bônus. Esta já havia ganhado um clipe em 2018, comentamos sobre isso neste post.

Utilizando instrumentais acústicos típicos da cultura sulista Norte Americana e letras em Português, mostram a junção de ritmos do Kentucky ao interior Brasileiro. O álbum é influenciado pelo bluegrass, country, rock e folk em geral. E conta com letras que relatam o cotidiano da vida rural e urbana.

O título do álbum faz referência as primeiras reuniões e ensaios na capital paulista, entre prédios e poluição, com intuito de juntar suas composições e criarem arranjos com uma sonoridade rural.

Eduardo César – “Mormaço e sanguessugas”

“Mormaço e sanguessugas” (2019) é o segundo EP de uma sequência de dois, lançados por Eduardo César, guitarrista e compositor natural de Salvador-BA. Antes, ele lançou “Cigarro” (2018).

Foram dez anos em atividade na banda de rock instrumental Tentrio, antes de Eduardo fazer música sozinho e trocar a música instrumental pelas canções cantadas.

Todas as músicas nasceram ao violão. No entanto, os EPs reúnem trabalhos de guitarras que passeiam pelo universo de David Lynch. Além da voz, os únicos instrumentos executados são guitarra e maraca. Todas as músicas foram gravadas de forma independente, em casa.

Mundo Inverso – “Oscilação Interna”

No EP “Oscilação Interna”, o cantor, compositor e produtor musical Rafael Negrini cria, através de um alter-ego, um paralelo oposto às ansiedades modernas no projeto Mundo Inverso, e expõe suas intimidades para o mundo, olhando com sutileza para os grandes assuntos.

Unindo um indie folk com texturas de sintetizadores e tons de rock, desde o processo de concepções, gravações e esmeros, o trabalho levou dois anos para ser produzido.

A temática das canções dialoga com as inquietações contemporâneas, porém buscando na música um caminho de calma para lidar com os anseios e inquietações.


Menção Honrosa:

Drigo Ribeiro – “Muito Natural” (2018)

Em novembro do ano passado, o cantor e compositor Drigo Ribeiro lançou o excelente “Muito Natural”, o EP é seu primeiro trabalho autoral.

Com influências do blues, do country e da música caipira, ele apresenta aqui uma identidade sonora resultante da linguagem regional tradicional com o folk atual, através de 11 faixas que contam histórias do campo e do cotidiano em geral. Nos fazendo viajar por belíssimos arranjos de cordas.

Vale dizer que Drigo é gaitista, violonista e tocador de Dobro, além de ser um dos líderes da banda Still Folk.


Outros discos e Eps nacionais que falamos por aqui no primeiro semestre de 2019

Murillo Augustus – “Sanatório Hostil”

Barcamundi – “Disco Adulto”

Lívia Mendes – “Passarinhar”

Horses & Joy – “Magnolia”

Capim – “Capim”

Ricardo Mabilia – “Universo Vil”

Vanguart – “Vanguart sings Bob Dylan”

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