Gregory Alan Isakov está de volta com o envolvente “Evening Machines”

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“Evening Machines” é o primeiro álbum de inéditas que Gregory Alan Isakov lança em cinco anos. Autoproduzido, em um estúdio que costumava ser um celeiro, o trabalho leva esse nome por ter sido criado, basicamente, durante o período da noite.

Não à toa, as 12 faixas apresentadas aqui parecem ter a atmosfera de um fim de tarde. A sensação que temos, em cada uma delas, é de sermos envolvidos em torno de sua voz macia, que soa perfeita ao lado de um violão acústico ou de um piano suave.

Não sei se você sabe, mas Gregory é agricultor em tempo integral. Além de um excelente músico, ele trabalha duro em sua fazenda. O que mostra que ele bem sabe o tempo necessário para uma boa colheita. Por isso, parece que cinco anos de espera foi o tempo ideal para ter em mãos um disco sensível, emocionante e, acima de tudo, orgânico.

Isakok, também, toca vários dos instrumentos presentes no álbum, mas muitos músicos o acompanham aqui e ali, adicionando camadas de teclados analógicos, cordas rústicas e alguns vocais harmônicos.

Uma das músicas mais enxutas do álbum, e que eu ousaria dizer ser uma das minhas favoritas, é “Chemicals”, guiada principalmente pelo sempre presente violão, enquanto outros instrumentos caem sobriamente. Outras faixas que me chamaram a atenção foi “Dark, Dark, Dark”, que tem uma deliciosa pegada característica do indie folk, e maravilhosa melodia de “Where You Gonna Go”.

Sem dúvidas, esse é um dos melhores discos desse segundo semestre de 2018. Vale demais o play!