Marinho: indie folk feminino no coração de Portugal
por Maísa Cachos
A portuguesa Marinho estreou em março, lançando o seu single “Ghost Notes” no Dia Internacional da Mulher. Construída a partir da simplicidade das raízes da música folk americana, a faixa foi gravada no Black Sheep Studios e masterizada por Philip Shaw Bova (Marlon Williams, Feist, Andy Shauf).
Em sua letra, ela invoca emoções indefinidas, transformações comprometidas e romances contorcidos da realidade pessoal da cantora. Sua sonoridade é exuberante, quase cinemática, retrata alguém que, pela primeira vez, se apaixona por alguém que não se sente da mesma maneira. Quando a realidade não colabora, esses sentimentos são vividos apenas nos sonhos.
Sobre a faixa, a artista disse: “a composição dessa música e do álbum coincidiu com o meu crescente lado feminista, quando me senti inspirada por muitas mulheres que pegaram suas guitarras para fazer o mesmo. A representação é muito importante para mim e desempenhou um papel fundamental na minha vontade de fazer música”.
O single chegou acompanhado de um clipe dirigido pela também portuguesa Leonor Bettencourt Loureiro. Filmado em vários locais, ele mostra Marinho em casa, com cenas sinônimas de seu dia a dia e em torno de sua terra natal, Lisboa.
A artista está na contagem regressiva para lançar seu segundo single ” Window Pain”, já agora no dia 16 de maio. É uma canção sobre aquela época da infância quando podemos cair e nos machucar sem grandes preocupações. O single junta-se a “Ghost Notes” para a divulgação de “~ (read ‘tilde’)”, seu primeiro disco à ser lançado no próximo semestre.
Mais sobre Marinho
Marinho é, na verdade, apelido de Filipa Marinho, nascida em Lisboa e criada em frente à TV. Isso significou muita exposição precoce a Cartoon Network e filmes de meados dos anos 90, bem como uma crescente intimidade com as visões de Hollywood sobre amor, relacionamentos e natureza humana em geral.
Agora, como uma jovem adulta, ela tenta chegar a um acordo entre as mentiras e expectativas excessivamente romantizadas e a verdadeira vida fora da sitcom. Sua resolução chega até nós no formato de canções indie folk que ela escreveu e montou ao longo dos anos. E nos entregará muito em breve em seu “~ (read ‘tilde’)”.