Folk Brasil: Juvenil Silva, Diego Schaun, Murillo Augustus, Felipe Câmara, Roberta Spitaletti e muito mais

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Junho começou repleto de novidades quando o assunto é lançamento nacional. Singles, álbuns, EPs, vídeos… Fizemos um apanhado geral e compartilhamos aqui com vocês alguns destaques que vale demais a nossa atenção.

Singles

“Por Trás do Riso” – Diego Schaun

Com uma mensagem de esperança, sentimento de recomeço e resgatando sonhos, o baiano Diego Schaun lança seu novo single: “Por Trás do Riso”. Com levada folk, o violão prevalece como protagonista, desde o início da composição até os arranjos finais. Nesse processo, é importante frisar que Diego tocou todos os instrumentos (pianos, vozes, pads, violões e baixo), sendo que a masterização e mixagem foram realizadas por Charles Williams. Para 2021, a proposta do músico é lançar mais um single em setembro, e até dezembro, um disco de releituras de todos os seus trabalhos autorais, ao longo de 12 anos de produção.

“Amor-perfeito” – Léo Vieira

Uma balada romântica com acordes repousantes, “Amor-perfeito” é o novo single de Léo Vieira. Com parceria de Bryan Behr e Felipe Câmara, a faixa nasceu inspirada em algo que Léo ouviu de Guilherme Rondon e terminou com uma essência a la o country-pop de John Mayer. A história é mais profunda que isso e vale ouvi-la pelo próprio músico nesse depoimento que ele soltou lá em seu perfil no Instagram. Pra conferir o resultado dessa mistura toda, é só dar play no link abaixo!


Álbuns e EPs

“Lonjura” – Juvenil Silva

O pernambucano Juvenil Silva lançou um novo trabalho. Intitulado “Lonjura”, o EP é composto por seis faixas e apresenta aquela atmosfera que reúne regionalismo, tropicalismo, psicodelismo e o folkzinho que amamos. Destaque para “Alpinismo”, um folk rock que divaga sobre questões de classes sociais e suas gritantes desigualdades e que conta com a parceria de Guilherme Cobelo, o ‘Joe Silhueta’ de Brasília (DF). O trabalho foi produzido seguindo essa têndencia forçada pela pandemia. Ele nasceu sem ensaio ou encontro. Sem banda física e com uma troca remota entre músicos que sequer se conheciam. No fim, a sintonia prevaleceu e nasceu “Lonjura”. Agora é a nossa parte, dando play!

“Folk do Pântano” – Murillo Augustus

Incansável e sempre com novas mensagens para serem musicadas, Murillo Augustus lança seu sétimo trabalho em estúdio. Mais uma parceira com o produtor Matheus Canteri, atualmente radicado em Nashville/EUA, onde fez toda parte de mixagem e masterização do álbum. Aqui, Murillo apresenta 10 faixas que misturam Folk, Country, Blues e, como ele mesmo fala, Rock véio. Os temas variam em todos os cenários pelos quais o músico vagueia, mas quero destacar aqui a faixa “Mmxx” que, além de trazer um título a la Bon Iver que a gente nem sabe como pronunciar (risos), fala sobre o sentimento de estarmos em isolamento social e vontade de se livrar de tudo isso e gritar que “acabou”, como ele mesmo proclama na letra.

O disco é, ainda, repleto de participações especiais, como a banda Monoclub na faixa “Hobo” e Francis Rosa em “Mantiqueira”. Isso sem contar a parceria com o escritor, poeta e compositor, João Affonso, também se faz presente em nove das 10 letras. Destaque ainda para a capa que traz uma imagem de Murillo com seu filho, Martin, desenhada a carvão pelo artista Marcus Claudio, com a direção de Lucas Wild, representando muito bem o estilo que Murillo brinca (ou não) que faz: Folk do Pântano! Um baita trabalho para não perder de vista, nem de audição. Aquele salve para a gaita sempre presente, Murillão!

“…E o mundo de cá” – Braia

Bruno Maia é um músico daqueles incansáveis. Acabamos não falando por aqui, mas no finalzinho de 2020, com sua banda Thuata de Dannan, ele lançou um disco tributo à música tradicional irlandesa, com canções e tunes tradicionais, intitulado “In Nomine Éireann”. Agora em junho de 2021, com outro projeto, dessa vez o Braia, ele está lançando o álbum “…E o mundo de cá”. Neste projeto, Braia passeia por sonoridades que interconectam nossas raízes e antenas.

São 10 faixas e mais duas extras que, emboram apenas instrumentais, proporcionam um verdadeiro diálogo entre a música brasileira, cultura popular, tradição irlandesa e o rock progressivo. Os temas do álbum referenciam aspectos e fatos da memória e história brasileira, principalmente do imaginário cultural mineiro, como a Guerra dos Emboabas, a corrida do ouro, Diadorim, entre outros. A música se aprofunda em ritmos e expressões como samba, ijexá, baião, música mineira, moda de viola, sem deixar a irlandesidade de lado, que se afirma em gaitas de fole, rabecas irlandesas e fraseados típicos das tradicionais jigs e reels. Vale muito dizer que foi o próprio Bruno, que produziu o trabalho, além de ter tocado violão, viola caipira, banjo, bouzouki, bandolin, flautas irlandesas, escaleta, guitarra e teclados. É mesmo um trabalho espetacular! Solta o dedo no play para conferir:

“Outono” – Felipe Câmara

Aos poucos, um single por vez, Felipe Câmara (Folk na Kombi) foi disponibilizando o material de seu novo EP. Três faixas e um poema musicado integram “Outono” que agora pode ser ouvido na íntegra. Mas “Outono” é só uma fase, ou melhor, uma estação, que faz parte de algo maior: “Um ano”. O primeiro álbum solo de Felipe que será disponibilizado assim que se fecharem os ciclos das quatro estações. Vale ainda dizer que as canções estão sendo disponibilizadas também em vídeo no canal do YouTube do músico. É só clicar aqui para conferir.

“Janela para o Universo” – Vento Solar

Voltando um mês atrás, ali em maio, a banda Vento Solar lançou seu novo EP. Intitulado “Janela Para O Universo”, o trabalho reúne três faixas ricas em brasilidade: Primeiro, “Esse Voar”, um folk-forró que leva ao ouvinte a ideia de liberdade, de não se prender a um espaço limitado. Em seguida, “Ladeira do Mar”, lançada anteriormente como single e que conta com um videoclipe oficial. É uma canção mais visual, que traz um clima de verão, praia e a vontade de viajar. Por fim, “Aquela Canção”, um samba com toques de bossa nova e choro.


Vídeos

“Quem Eu Seria” – Roberta Spitaletti

Roberta Spitaletti lançou em seu YouTube um vídeo em preto e branco no qual apresenta a primeira versão da música “Quem Eu Seria”. A faixa foi lançada em dezembro do ano passado numa versão com um final diferente (ouça aqui). Como a própria artista disse em seu Instagram, “essa música fala sobre o desencontro do que achávamos que era nosso, pra encontrarmos o que realmente somos. E sermos. Com força”. Além do final diferente, a faixa ganha no vídeo uma bonita interpreção de Roberta. Confere aí:

“Reeling Time” – Daniel Arena

O músico Daniel Arena disponibilizou um clipe para sua faixa “Reeling Time”. A canção fala dos pequenos momentos que giram em torno de uma decisão importante. O tempo que passa rápido e lento ao mesmo tempo, a confusão de pensamentos, os truques da mente, as lembranças que nos assolam, as distrações, frustrações e emoções. Filmado totalmente em preto e branco, o clipe tem como proposta mostrar como o tempo literalmente cambaleia (reeling time) ao nosso redor em certos momentos. A direção de fotografia/câmeraé de Rafael Censi. Vale ainda dizer que essa faixa foi produzida por Diego Oliveira (Benjamin Existe) e integra “La Contenta Bar”, terceiro album de Arena, que foi lançado em maio deste ano.