Review: álbuns do folk nacional lançados em setembro
por Maísa Cachos
AnaVitória – AnaVitória (19 de agosto)
Como não falamos do Pop-Rural das meninas de Araguíana-TO no nosso último review, nada mais justo de que abrir este post com elas. O som segue o estilo pop-rock com pitadas de folk do Tiago Iorc, produtor das garotas. A propósito, ele participa do disco na faixa “Trevo (Tu)”, cuja composição também conta com um toque dele. A canção tem um baita toque caipira gostosíssimo de ouvir. Destaque para a faixa “Tocando em Frente”, famosa na voz do nosso mestre do folk Almir Sater. As faixas “Talvez A Deus” e “Nos” são as autorais mais folk do disco.
Pompeia – JOHN (2 de setembro)
Gravado no estúdio Dark Matter, em São Paulo, e com produção do músico e compositor Lucas Silveira (Fresno/Beeshop), o álbum conta com quatro faixas que mostram a versatilidade do grupo. Minhas favoritas são “Versos de Inverno”, com dedilhados lindos e uma narrativa fácil de nos identificarmos, a faixa gruda na cabeça e é certeza que você vai colocar no repeat algumas vezes; e “Sol de Agosto” que soa como um mix de “Hey Brother”, do AVICII, com algum refrão do Of Monsters And Men, o que para mim é maravilhoso. Ah… a bela capa do trabalho tem concepção assinada por Leo Lage. E não deixem de ver o clipe lindão de “Versos de Inverno” aqui.
Folk ‘n Roll 2 – O Bardo e o Banjo (5 de setembro)
O Bardo e o Banjo disponibilizou seu segundo CD gravado ao vivo com covers (versões) de diversos artistas que influenciaram e inspiram os caras a fazerem esse baita som! Intitulado “Folk’n Roll 2”, o trabalho apresenta releituras de clássicos do rock, tocados no melhor estilo Folk/Bluegrass. Tem som de Johnny Cash, Foo Fighters, Van Halen e até “Maginificient Seven Theme”. É demais (como tudo que esses caras fazem, né?)!
Qualquer Bordô – Qualquer Bordô (16 de setembro)
Este é o álbum de estreia do duo e nos apresenta onze músicas autorais que imprimem a história de amor dos dois integrantes: Carol Kozovits (vocal) e Tai Britto (vocal, violão, guitarra e piano). Ele, nascido em Aracaju. Ela, em Curitiba. Ainda jovens, mudaram-se com suas famílias para Brasília e, em 2014, se conheceram. Juntos, decidiram morar em São Paulo. Se apaixonaram e começaram a compor algumas músicas. Apesar de ser um disco romântico e, existirem canções que falem do amor dos dois, há letras que significam os anseios individuais também. A faixa “Morning Time” é uma fofura, e mescla super bem inglês e português. Acredito que seja a minha favorita do disco. Mas vale dizer também que a dupla escolheu “Mesmo Sem Saber”, para ser o carro-chefe do trabalho e nos presentou com um clipe gravado em Nova York (assista aqui).
Grey – Nan (21 de setembro)
“Grey” é o primeiro álbum de Renan Marcel Melo, ou simplesmente Nan. O disco conta com oito faixas de autoria própria do músico catarinense (mas que mora em Curitiba há 18 anos). “I don’t Want Much”, que abre o trabalho, me lembrou o bom começo do Ray Lamontagne tanto na voz quanto na melodia. A comparação permaneceu em meus ouvidos ao longo do disco. Mas ali pelo meio, quando “Just More Love” aparece, senti um quê de Damien Rice que… Nossa! Nan tem uma voz forte e suave que penetra sem dó nos ouvidos trazendo mensagens vindas diretamente da alma. O trabalho tem produção de Uiliam Rafael da Silva e foi gravado no estúdio da Academia do Rock. Com certeza esse som vai ficar um bom tempo nos meus fones de ouvido!
Floresce – Isabel Balderramas (23 de setembro)
O começo do EP é um tanto quanto rock com pitadas do pop. Mas a partir da faixa “Primavera”, a gente já consegue perceber umas cordas mais folk. Em “Sobre a Vida”, a batida, as palmas e o coro comum em refrãos de músicas folk se fazem bem presentes, deixando a faixa bem gostosa de ouvir. “Vaidade”, single que já conhecemos aqui, fecha o disco com uma baita delicadeza. Vale lembrar que o trabalho conta com a participação da cantora Larissa Martorelli (Floresce) e do músico Dione Mota (Vaidade).
Homeless Bird – Arthur Matos (23 de setembro)
“Homeless Bird” é o quarto álbum de estúdio de Arthur Matos, e nele dá para vermos bem a evolução musical pela qual o cantor e compositor sergipano tem passado. Se pudesse descrever o trabalho com uma palavra seria Apaixonante! Letras, arranjos… tudo tem excelência na qualidade. É um disco sentimental, como todo bom folk, mas tem pitadas de rock para não caber em rótulos. Se você curte Passenger, Ryan Adams e/ou Ben Howard, vai curtir muito esse som! “In The Head, In The Heart”, que abre o disco, e “Sky High”, primeiro single a ser divulgado, são as minhas favoritas!