Neil Young resgata álbum perdido de 1977, “Oceanside Countryside”

por

A longa e abundante discografia de Neil Young sempre guardou surpresas para seus fãs mais devotos. Agora, quase cinco décadas depois, o canadense finalmente lança “Oceanside Countryside”, um álbum gravado em 1977, mas que nunca havia visto a luz do dia — até agora.

O trabalho faz parte da série Analog Original Series (AOS) e apresenta as mixagens originais das gravações feitas entre maio e dezembro daquele ano. Algumas dessas canções já haviam sido reaproveitadas em álbuns icônicos como “Comes A Time” (1978), “Rust Never Sleeps” (1979) e “Hawks and Doves” (1980), mas aqui elas surgem exatamente como Young as concebeu originalmente.

Dentre as faixas, destaca-se “Dance, Dance, Dance”, uma composição de 1969 que nunca havia sido lançada em um álbum oficial, e “It Might Have Been”, uma versão de uma obscura canção de Jo London. O álbum também se divide em dois momentos distintos: o Lado A, mais intimista, apresenta Young em performances solo; já o Lado B conta com o reforço de uma banda, trazendo uma pegada mais voltada para o country/folk.

Neil Young tem um histórico de embates contra o streaming, criticando a qualidade do áudio e retirando sua discografia de algumas plataformas ao longo dos anos. Mas agora, ao disponibilizar “Oceanside Countryside” no digital, ele parece ter feito as pazes com esse formato — ou pelo menos aceitado sua inevitabilidade.

Em um comunicado oficial, Young descreveu o álbum como um “tesouro de uma gravação analógica original”, destacando a fidelidade do som e a masterização cuidadosa. Além do vinil, a edição lançada pela The Greedy Hand Store inclui um download digital em alta resolução pela NYA Download Store.

O álbum já está disponível nas principais plataformas de streaming e em vinil, provando mais uma vez que a música de Neil Young transcende o tempo — e agora, até mesmo suas próprias convicções.